O artista cabo-verdiano Dynamo regressa novamente a Portugal com um concerto de apresentação do seu novo álbum “Blindado” no dia 15 de Março, no Sagres Campo Pequeno, em Lisboa.
Duas das 15 famílias das vítimas do naufrágio do navio Vicente, ocorrido a 08 de Janeiro de 2015, ao largo da ilha do Fogo, estão ainda à espera de receber o subsídio atribuído pelo Governo desde 2017.
Na celebração dos 50 anos da nossa independência, a melhor dádiva que podemos oferecer ao povo cabo-verdiano é a mudança de governo. É amplamente reconhecido que a renovação da esperança e a busca por um desenvolvimento sustentável e inclusivo para todos os cidadãos não podem mais ser adiadas. A transformação que almejamos não será possível com um governo que ignora o clamor das ruas, onde ressoam as vozes de diversas classes profissionais, especialmente a indignação dos professores. É hora de exigir uma verdadeira reforma na governação! O país merece um governo que...
Os nacionalistas pan-africanistas e democratas revolucionários caboverdianos sempre argumentaram que, sem a participação caboverdiana na luta político-armada na Guiné dita Portuguesa/na Guiné-Bissau, não teria sido possível (ou teria sido extremamente difícil) fazer vingar junto das autoridades políticas portuguesas o direito do povo de Cabo Verde à autodeterminação e à independência política, negado ou relativizado por aqueles caboverdianos que ainda navegavam nas águas pantanosas quer de “uma autonomia político-administrativa no quadro de uma Nacão portuguesa doravante...
É imperativo questionar até quando essa mentalidade prevalecerá no nosso país. Quando começaremos a reconhecer que um adversário político não é um inimigo mortal? A diabolização de indivíduos com base nas suas preferências políticas é um sintoma de uma democracia imatura, onde o debate saudável e construtivo é substituído por conflitos e acusações.
Sem uma reforma interna substancial e sem líderes capazes de desafiar o atual modelo de governança, o MpD continuará a perder relevância e a afastar-se de suas bases. O preço da inércia será alto, não apenas para o partido, mas também para a democracia cabo-verdiana, que carece de uma oposição vigorosa e genuína. A história cobrará seu preço daqueles que optaram pela complacência em detrimento da renovação. E, neste momento crítico, o MpD parece mais interessado em reafirmar o fracasso do que em reverter o seu destino.
Dois pormenores me chamaram a atenção na última semana. Digo pormenores porque, em boa verdade, aparentemente são situações que, não comportando gravidade extrema ou ilicitude, ainda assim, revelam sinais emblemáticos sobre as mundivivências das elites cabo-verdianas, do seu conceito de ética e da sua visão do mundo.