Rayanne tem 9 anos e vive na zona de Alto Santa Cruz em Espargos, Paulo na zona periférica de Santa Maria. Os pais trabalham em regime de turnos num hotel. Sem onde ficar durante o dia, as crianças passam as tardes a vaguear pela cidade, pedindo moedas aos turistas. Quando o turismo sobe, a vida deles, como a de muitas outras crianças, continua no rés-do-chão.
A nossa independência não foi um ponto final. Foi o início de uma responsabilidade imensa. Cinquenta anos depois, temos o dever de olhar em frente com a mesma fé que nos trouxe até aqui. Ergamos a cabeça! Abramos os olhos! Fechemos os punhos! Porque Cabo Verde não é uma marca turística. É um povo vivo, que pensa, que sente, que luta e que ama. E enquanto houver um só cabo-verdiano com fome, enquanto houver uma só criança sem escola, uma só mulher silenciada, um só jovem a querer partir por desespero… então, a luta continua.
A sétima edição do festival "Literatura-Mundo do Sal" arranca quinta-feira e vai homenagear quatro escritores lusófonos, com um programa dedicado aos 50 anos da independência de Cabo Verde, Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Uma juíza federal norte-americana autorizou, na sexta-feira, 20, a Universidade de Harvard a continuar a inscrever alunos internacionais, contrariando determinações do executivo de Donald Trump.
O Liceu Abílio Duarte proibiu o uso de telemóveis até ao 9.º ano, caso raro ou mesmo único no arquipélago, fazendo a diretora um balanço positivo, numa altura em que vários países debatem medidas semelhantes.
A taxa de desemprego em Cabo Verde recuou para 8 por cento em 2024, uma descida de 2,3 pontos percentuais em relação a 2023, informou esta sexta-feira, 6, o Instituto Nacional de Estatística (INE), no relatório sobre Estatísticas do Mercado de Trabalho de 2024.
O debate verdadeiro não é sobre se os jovens estão a sair porque alguns sempre sairão. O debate certo é: como estão a sair, por que estão a sair, e como podem ser melhor apoiados cá e lá fora. E nisso, o Acordo de Mobilidade é um passo em frente. Agora, o desafio é acompanhar esse avanço com políticas que assegurem dignidade na integração e oportunidades reais em casa. Repetir ideias falsas, sem contexto, não ajuda ninguém. Pior ainda, pode servir interesses contrários aos de Cabo Verde e dos próprios emigrantes. É tempo de falar com mais responsabilidade e com mais...