Todos nós pertencemos a uma estatística qualquer: pessoas do grupo sanguíneo O-positivo, pessoas sem acesso a água potável, pessoas que falam três idiomas, pessoas que nunca andaram de avião, e tantas outras. Manuela faz parte do grupo de pessoas cujo nome do pai não consta na certidão de nascimento. Um vazio que a acompanhou desde a infância, até se tornar numa mulher independente, com clara consciência do que quer, e principalmente do que não quer da vida. Isto é uma contextualização um pouco injusta, devo admitir. É claro que ela é muito mais do que alguém que não foi...
Vivemos num contexto estranho, onde ser melhor entre os piores é uma grande virtude e onde as estatísticas se fazem com conversa fiada e enganação. Mas, do mal o menos: chegamos a um ponto onde estas narrativas servem apenas para fidelizar uma reduzida bolha de fiéis… como se viu pelos resultados de 01 de dezembro.
Com aquele ar zangado e a voz de falsete que o caracterizam, Abraão aproveita o ensejo para fazer uma crítica explícita ao seu governo, do qual é delegado político, para ver se cola… diz corpo mole que vai combater a pobreza, criar empregos e levar mais segurança à cidade da Praia. Como assim? Então, não é o governo de Ulisses, Olavo e Elísio que alardeia grandes conquistas no combate à pobreza?! Afinal, é tudo conversa fiada e o próprio Abraão constatou que o seu governo anda a mentir aos cabo-verdianos?
O coordenador da Cabo Verde Digital afirmou hoje, em Lisboa, que a inovação é um processo social, por isso, a participação do país na Web Summit 2024 é uma forma de juntar as pessoas e amplificar esse potencial.
O candidato do MpD exige o debate para o presidente da Câmara Municipal da Praia prestar contas, mas ainda não esclareceu a opinião pública por qual razão o Ministério do Mar pagou indevidamente 86.477.867 ECV à CVInterilhas, conforme o parecer do Tribunal de Contas a propósito das Contas Gerais do Estado de 2021. Então, Korpu Rixu, quando presta contas às cabo-verdianas e aos cabo-verdianos? Ou é só conversa fiada?
Somada a contestação interna à generalizada contestação social ao governo, Ulisses Correia e Silva passa o seu pior momento desde que chegou à presidência do MpD e, nos bastidores, potenciais sucessores (que sempre andaram com ele ao colo) já afiam navalhas para, no momento oportuno, esfaquear pelas costas o chefe caído em desgraça. Ulisses vive dias cinzentos, já não lidera nada. Perdeu o partido e está à beira de perder o país!
Mesmo com a mobilização de autarcas, candidatos e militantes de toda a ilha de Santiago, o ato político ventoinha não conseguiu fugir ao fiasco, expondo inequivocamente um partido dividido, sem engajamento da militância e rejeitado pelos eleitores. E, ainda, com a ausência de importantes lideranças nacionais e de históricos do partido.