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“A inspiração vem como se fosse uma voz, que chega não sei de onde e que comunica comigo”

A frase é de Paulo Veríssimo, poeta, cronista, investigador, sociólogo e político. Um jovem naturalmente crítico, para  quem o ambiente político é "deprimente e agressivo, afirma que a “arte é liberdade de pensar e criar e, se calhar, a única forma de podermos contemplar o mundo metafísico”. Enfim, o escritor cuja poesia é também influenciada pela sociologia do quotidiano, pessoas, momentos e lugares que deram, e ainda dão, sentido à sua vida, ou são partes da sua memória, lança o seu primeiro livro “NA Kurason di Puéta/No Coração do Poeta”, esta quinta-feira, 20...

VERDADES DA E NA PALAVRA (IN)VEROSÍMIL DO LOUCO PREDILECTO DA CIDADE (PROSOPOEMA DE NZÉ DE  SANT´Y AGO)*

Palavras super-evidentes, como no conhecido, mas sempre surpreendente e inusitado axioma: a loucura é a razão das minorias ostracizadas e em dissídio, a razão é a loucura dos mandarins das grandes maiorias Devidamente conformadas em multidões resignadas, mesmo se compulsiva e ordeiramente ululantes e, outrossim, supliciando-se suplicantes e temerosas, muito tementes a Deus.

Comentários e subsídios para os actuais debates e polémicas sobre a situação linguística em Cabo Verde - O meu contributo pessoal. PARTE III

É, pois, nesse terreno duplamente fértil mas também duplamente pantanoso que se vêm acolhendo os pescadores das águas turvas da descrioulização, sempre à cata de formas descaradas ou subtis de levar a bom porto o seu empreendimento e o seu empenhamento des-identitários, bastas vezes de teor reaccionário, obscurantista e neo-colonial(ista), mesmo quando travestido em modos supostamente modernizantes, eruditos e cosmopolitas, ainda que estranhamente reduzidos ao almejado e selecto mundo das elites islenhas amiúde imbuídas de saudosistas complexos de superioridade em relação às...

Comentários e subsídios para os actuais debates e polémicas sobre a situação linguística em Cabo Verde - O meu contributo pessoal. PARTE I

Considero-me ademais um convicto defensor do bilinguismo oficial português-caboverdiano no nosso arquipélago, neste aspecto considerando-me feliz, não só por "ter nascido caboverdiano", como cantou o grande trovador santantonense-mindelense, Manuel de Novas, mas também por cumprir e honrar o mais possível a exortação de Amílcar Cabral nos termos da qual devemos dignificar e promover o nosso crioulo, sem deixar de também defender e valorizar “o português enquanto melhor herança deixada pelo colonialismo”, e, nessa óptica, por agir e actuar em plena conformidade com o que, para...

Cúpula do MpD elege Amadeu como alvo a ser abatido e instiga ao ódio e violência entre ilhas (video)

Num comício realizado ontem, 15, em São Vicente, na zona de Monte Sossego, bairro mais populoso da cidade do Mindelo, a cúpula do MpD, liderada pelo cabeça-de-lista ventoinha para aquela ilha, o Ministro Paulo Rocha, acompanhado do Presidente da Câmara Municipal, Augusto Neves, e pela Deputada Nacional Mircea Delgado, não escondeu que o adversário principal do MpD na região Norte é Amadeu Oliveira - candidato da UCID para a ilha do Monte Cara nas eleições de domingo, 18 - a quem apelidaram de ser "um gongon, um fugitivo da justiça, um desavergonhado e um confusento que só sabe...

Votos de Praia, Santiago Também Contam! Propostas

Abaixo a covardia dos decisores que só preocupam com estatutos especiais de uns e contra os de outros e de programas de descriminação positiva que tem ditado o colapso das nossas cidades e da sua cultura, da aniquilação do «todo mundo canta», do centro de artesanato e da feira anual, da feira do livro, do nascente conservatório e orquestra sinfónica numa capital de um país de música de excelência a não edificação museus de arte contemporânea, bibliotecas e da nova centralidade de sucupira-Parque 5 de Julho-parte de Taiti onde todos esperam um complexo de excelência de...

Bairrismo em tempo de pandemia do COVID-19

O interesse em trabalhar este tema vem despertar em nós o que estudamos anteriormente sobre o Bairrismo, com ênfase em fatores como fluxos migratórios, políticos, a diáspora, entre outros e agora cruzado com o tempo em pandemia tem uma certa representação «egoísta», sem ser depreciativa. A questão do “bairrismo” é uma representação subjetiva quando criada por razões políticas ou administrativas.