A dificuldade na consensualização para a padronização da escrita é perfeitamente entendível e advém do processo histórico caboverdeano de que pouco ou nada falamos. Julgamo-nos uns aos outros, fulanizamos críticas que se desviam invariavelmente do foco principal, partidarizamos a política e perdemo-nos em desaguisados indigestos. As configurações seculares que nos enformam, desde o povoamento, trazem com elas estigmas de desunião quer entre as ilhas do arquipélago, quer na relação com o nosso continente, que teimamos em manter sem nos apercebermos quão colonizado deixámos...
O Liceu Abílio Duarte proibiu o uso de telemóveis até ao 9.º ano, caso raro ou mesmo único no arquipélago, fazendo a diretora um balanço positivo, numa altura em que vários países debatem medidas semelhantes.
A VI Gala do Desporto, organizada no sábado pela autarquia boa-vistense, celebrou talentos e reafirmou o compromisso com o desenvolvimento desportivo entregando 32 troféus em diferentes categorias, e homenageou Irineu Silva pelos 52 anos de carreira no futebol.
A pergunta da discórdia não é apenas uma falha de um professor ou de uma comissão de exames. É um sintoma claro de um sistema que precisa de mais vigilância, mais debate e, sobretudo, mais respeito pela complexidade do passado e mais competência da parte de seus gestores. Se queremos formar cidadãos livres e críticos, a História deve ser ensinada com fontes plurais, vozes contraditórias e narrativas abertas — e nunca como uma lição ditada pelo poder do momento.
A educação em Cabo Verde precisa de uma reforma profunda, mas bem pensada, longe de interesses políticos imediatos e centrada nas reais necessidades do país. Devemos construir uma escola que seja reflexo da nossa identidade, que valorize os seus profissionais, e que envolva toda a sociedade num verdadeiro pacto educativo nacional.
Um estudo sobre os serviços de cuidados de infância na cidade da Praia, apresentado hoje, revela que 5% das estruturas operam informalmente, desigualdades geográficas, carência acentuada nas áreas periféricas e rurais e muitas infra-estruturas inadequadas.
A comunidade local ou a região, onde se insere uma Universidade, deve ser vista como um laboratório para projetos de investigação, mas também como meio que proporciona possibilidade de experiências de trabalho para os estudantes; e um potencial fonte de recursos financeiros para aumentar a competitividade global da Universidade (OCDE, 2007, cit. por Ransom, 2024). Para autores como Ransom (2024), esta representação da região, como uma fonte de oportunidades para a Universidade, ao invés de um parceiro igualitário, foi talvez mais subtil na prática, embora a diversificação...