Muita tinta já se fez correr sobre a política das telecomunicações em Cabo Verde, designadamente a gestão da CV Telecom. A venda de 40% de ações à operadora brasileira Oi, o processo de implantação de 4G, a gestão de infraestruturas, são dossiers que, na opinião do maior partido da oposição, têm sido mal geridos, e cujos contornos e resultados os cabo-verdianos precisam conhecer. O MpD, por seu turno, tenta sacudir a água do seu capote, empurrando as culpas e possíveis falhas de gestão para o PAICV.
O líder da bancada municipal do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Vladimir Ferreira disse hoje que a câmara municipal da Praia paga 100 mil contos por ano pelo Mercado do Coco, “uma infraestrutura que não existe”.
O Movimento para a Democracia (MpD) criticou hoje em declaração política no parlamento, as suspeições “sem provas” lançadas pela oposição e destacou que relatórios de “prestigiadas instituições internacionais” vêm colocando Cabo Verde sempre num patamar cimeiro.
O PAICV manifestou-se esta semana satisfeito com a avaliação do Banco Mundial (BM), que, num estudo publicado na sua página oficial, destaca Cabo Verde como campeão de redução de pobreza, realçando os resultados alcançados entre 2001 e 2015, período que coincide com a governação do PAICV. Os dados do BM lançam por terra o argumento do MpD, que recorrentemente defende ter herdado um país á beira do colapso, quando confrontado pela oposição.
Se as instituições democráticas forem as primeiras a violar as leis da República, o que será da vida coletiva? O que será do Estado de Direito? Uma sociedade democrática conseguirá funcionar sem uma competente fiscalização política, administrativa e social?
Este é o balanço que a líder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Janira Hopffer Almada, faz da gestão de Herménio Fernando, quando afirma que São Miguel tem uma câmara que, pelos vistos, é “rica e faz despesas de luxo”, perante uma população que, uma boa parte, vive numa “extrema pobreza”.
O PAICV denunciou esta semana que a localidade de Achada Grande Trás, na Cidade da Praia, está a ser vitima de um “autêntico atentado à saúde pública” e exige das autoridades sanitárias “medidas urgentes” e encerramento da escola básica. Em causa está, entre outros males, um esgoto a céu aberto há vários meses e que nenhuma autoridade conseguiu ainda controlar.