"Se antes era um simples caso veterinário, agora deve meter padre, coveiro e cangalheiro. Arre, besta, bestissimamente besta até ao final dos tempos!"
O poeta tem lutado, à sua maneira, contra a “tara da nacionalidade” e as “peias da identidade”, que a instituição, veículo societário movido a energia social, tende a impor-lhe a contrapelo de sua vontade, mas é justo salientar, quanto à crítica, que ele tem fornecido o arsenal significante e significativo que autoriza a sua radicação no arquipélago. Aliás, não podia ser de modo diferente. Que o poeta se avantajou e ultrapassou a condição arquipelágica, a insularidade do sujeito, das ilhas e da sociedade nacional, para se expandir pelas comunidades de língua...
Eu, Mário Daniel Tavares, natural da ilha do Maio e residente na localidade de Morro, venho por esta via defender a minha honra, na sequência de duro e vil ataque de que fui alvo com palavras ofensivas e injuriosas do escritor cabo-verdiano José Luiz Tavares, numa rúbrica de opinião que deu estampa, neste espaço, no passado dia 11 de julho.
O escritor Manuel Brito Semedo procede ao lançamento, na sexta-feira, 19, do livro “Porto Memória", uma compilação de 25 crónicas que falam de escritores, sugerem livros e pistas de leitura.
"Não podia nunca deixar de dar publicamente esta demolidora e violenta resposta, porquanto, se escolhemos ficar calados diante de um desaforo ético, escolhemos o lado do perpetrador. Eu que vivo de imaginar mundos, para além da pobre lógica compreensiva de quase todos, devo dizer que nunca vi nem imaginei tamanho bruto besta sem redenção, jamais me deparei com tão deslustrada e descabrestada espécie jumentícia (ainda que com nome de gente: Mário Tavares, fixem), um lanudo que deve ser rapidamente classificado e mandado para um zoológico como jumento que fala, «asinus dicenti»,...
O poeta cabo-verdiano José Luiz Tavares apresenta na quinta-feira, 04, na ilha do Maio, dois dos seus mais recentes livros “Um Preto de Maus Bofes” e “Perder o Pio a Emendar a Morte”, ambos editados em 2023.
Glotocídio: processo de marginalização de uma língua no seio de uma comunidade de falantes, em favor de outro(s) idioma(s), resultando no gradual desaparecimento dessa língua.