O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, destacou hoje o apoio do Fundo Monetário Internacional no financiamento do Orçamento de Estado para 2022, atribuindo a Cabo Verde 27,7 milhões de euros, através dos Direitos de Saques Especiais (DSE).
O FMI detetou discrepâncias “significativas” no tratamento estatístico de créditos do Governo pelo Banco de Cabo Verde (BCV) e sugeriu medidas para a correção dos problemas encontrados durante a assistência técnica feita este ano.
O Banco de Cabo Verde tem necessidades de recapitalização de 1.400 milhões de escudos (12,6 milhões de euros), mas o plano iniciado em 2019, com fundos do Orçamento do Estado, só será retomado depois da pandemia, segundo informação oficial.
O Governo assumiu hoje que a recessão económica de 14,8% em 2020, devido à pandemia de covid-19, colocou o rácio da dívida pública num máximo histórico de quase 155% do Produto Interno Bruto (PIB).
O Governo assumiu junto do FMI que continua comprometido com o plano de privatizações iniciado a meio da legislatura, que, segundo alega o Executivo de Ulisses Correia e Silva, ficou suspenso no último ano devido à pandemia, prevendo retomá-lo após as eleições legislativas de 18 deste mês.
Cabo Verde adiou para 2022 a implementação da Tarifa Externa Comum (TEC) da CEDEAO, inicialmente prevista para este ano, conforme informação transmitida pelo Governo ao Fundo Monetário Internacional (FMI), consultada pela Lusa nesta segunda-feira, 5.
A economia cabo-verdiana sofreu uma recessão equivalente a 14,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, devido ao “efeito negativo extraordinário” da pandemia de covid-19, segundo indicadores divulgados hoje pelo INE.