Diáspora, factor “reserva” util á logica dos projectos de transformação destas ilhas

A ajuda foi uma necessidade nos primeiros dias pós independencia e hoje somos clientes parceiros e não competidores, porque ficamos muito ancorados á cooperação e a ajuda para o desenvolvimento, praticada no país, não debelou nem a pobreza e muito menos ainda as assemetrias regionais …não temos, ainda, uma classe empresarial forte e produtiva; o essencial da economia cabo-verdiana, nas nove ilhas habitadas, situa-se no sector informal; o transporte de pessoas bens e mercadorias, entre as ilhas habitadas, é deficiente e medíocre; não houve massificação de empregos e grande...

“Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!” (iii) Nicolau Maquiavel

Quase cinquenta anos de Cabo Verde como estado soberano capturado pela corrupção e pelo domínio de uma oligarquia avarenta e egoísta, que despreza o equilíbrio social e que, por isso, incrementa as desigualdades sociais, a pobreza, o desemprego, a violência urbana e a privatização dos serviços públicos básicos, como a saúde e a educação, tudo em benefício dos seus interesses, das suas empresas e dos seus lucros.

Resiliência dos municípios e regiões às incertezas do futuro

Hoje, em Cabo Verde, a própria natureza de “relacionamento” entre os municípios e o governo central, temos de o reconhecer, mudou significativamente, nesta nova legislatura, que começou em 2016, graças á descentralização administrativa, efectuada, sobretudo sob a forma de transferência, de meios financeiros, para financiamento dos projectos locais,… oxigénio vital que todos os municípios cabo-verdianos exigiam do executivo central, há mais de quinze anos ou mesmo, mais tempo … Como governar correctamente um pais pobre, arquipelágico, pequeno e sem recursos que almeja...

Acordo de mobilidade na CPLP: Um embuste  

Se a integração e penetração na CEDEAO tem sido a lástima que todos conhecemos e demasiadas vezes desculpamo-nos com a questão da língua Estrangeira, pois o Português (nossa língua oficial, convém relembrar) não faz parte das oficiais. No que toca à CPLP a realidade é uma fotocópia e porquê? Fraca identidade e sentimento de pertença a África. Temos um desemprego estrutural em Cabo-Verde, mas raras vezes, para não dizer nunca, ouvimos falar do jovem Quadro desempregado, detentor de formação Superior à procura de colocação, geminações com entidades na África Lusófona....

Jovens podem fazer a diferença associando-se ao governo na reconstrução do país pós pandemia

É notório que os jovens foram os mais prejudicados no que tange ao mercado de trabalho, tanto no desemprego como na oportunidade de trabalho precária, nesta lógica, sugiro uma assembleia participativa de jovens, de diferentes áreas, intervindo em questões de trabalho, nomeadamente, no do salário mínimo variável, visto que, com a pandemia, o governo na tentativa de minimizar o desemprego, e recuperar a economia, juntamente com as empresas, “penalizaram” os trabalhadores com a redução de direitos e salários, afetando por consequência, os projetos considerados de baixa renda.

O perigo de JMN ser Presidente da República de Cabo Verde

O cargo de PR exige, entre outros pergaminhos, para além de uma pessoa tecnicamente competente e impoluta, alguém que esteja acima dos partidos políticos e que construa pontes de diálogo entre os vários órgãos do poder. Exige uma pessoa que una a nação e que não a divida. Exige uma pessoa comprometida com os valores da liberdade, da democracia e da promoção, na unidade da nação, da diversidade de correntes de opinião existentes na sociedade cabo-verdiana, tanto dos que vivem dentro como os que estão fora do país, sem censurá-las. Os exemplos são tantos e não me peçam de...

Tambra, a marca que combina cosmética e alimentação com as raízes da Boa Vista

A cerca de 26 quilómetros da cidade de Sal Rei na ilha da Boa Vista, 11 mulheres encontraram na transformação de alimentos e de matérias-primas naturais uma forma de garantir o sustento de suas famílias. Fazendo uso de recursos regionais, produzem sabões artesanais, chutneys’s, pastas e compotas. Elas são as “cabreiras” no Norte, das povoações de João Galego, de Fundo das Figueiras e de Cabeça dos Tarafes. Jovens que, no ano de 2019 e em situação de desemprego, aceitaram o desafio de explorar a natureza, lançar-se ao cooperativismo e colocar no mercado a marca “Tambra”.