Jornal português Tal & Qual publicou hoje, 11, uma reportagem sobre o processo de investigação a morte violenta de Zezito Denti d'Oru com direito a chamada na primeira página: "Morte violenta trama ministro de Cabo Verde", titula o periódico que a dado passo afirma que o "primeiro-ministro protegeu Paulo Rocha com betão armado", citando Filipe Soares, juiz jubilado a residir nos Estados Unidos. Santiago Magazine, que foi ouvido nesta notícia pelo jornal lusitano, publica aqui a reportagem na íntegra.
O ano 2022 está de partida e deixa para trás uma montanha-russa de ocorrências e eventos, um legado pesado para 2023. Santiago Magazine compilou uma série de acontecimentos mais marcaram o ano que se despede, com destaque para o sector da justiça e da imprensa, que entraram em choque obrigando os jornalistas a sairem às ruas e recomendações e repreensões de organismos internacionais sobre a ameaça à liberdade de imprensa e tentativa de silenciamento de jornalistas em Cabo Verde.
Mirta Teixeira, juiza do segundo juizo crime do Tribunal da Comarca da Praia, pediu escusa do processo para a realização de uma Audiência Contraditória Preliminar (ACP) solicitada pelos familiares de Zezito Denti d’Oru e em que o minisitro da Administração Interna, Paulo Rocha, está referido como arguido. Isto depois, de a Procuradoria Geral da República ter mandado arquivar o processo que investigava o suposto assassinato de Zezito, na Cidadela, ilibando os agentes da PJ liderados na altura por Paulo Rocha, que reaparece agora no processo, que já corre trâmites no tribunal, na...
O debate Liberdade de Imprensa versus Segredo de Justiça, assim como a condenação de Amadeu Oliveira e falhas processuais que ditaram a libertação dos suspeitos pela morte da jovem Zenira Gomes marcaram o sector da Justiça em 2022.
A Procuradoria-geral da República acaba de emitir um comunicado no qual confirma o arquivamento do processo que investigava a morte de Zezito Denti d’Oru, mas admitiu a existência de um processo separado contra três agentes da Polícia Judiciária, supostamente envolvidos nessa operação, mas por haver “indícios da prática dos crimes de inserção de falsidade em documento público falsidade por parte de interveniente em acto processual e violação de segredo de justiça”.
Um possível volte-face no processo, que já havia sido arquivado na semana passada pelo procurador Nilton Moniz, poderá transformar o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, e os inspectores que participaram na emboscada que originou o assassinato de Zezito Denti d’Oru, em arguidos de facto.
Gilberto Barros, secretário de Estado das Finanças até o ano passado, e que teria tido garantias de que seria ele o indicado pelo Governo para administrador do Banco Mundial, sentiu-se traído por Ulisses Correia e Silva e já pediu explicações ao chefe do executivo sobre a polémica escolha do “desconhecido” Harold Tavares para o lugar, ultrapassando nomes como de Óscar santos, António Moreira ou Elisabete Moreno, ex-ministra do governo de Emmanuel Macron, na França. O clima no MpD está de cortar à faca, com Ulisses e Olavo a darem sinais de já não estarem em sintonia.