O Presidente da República inicia hoje um programa de 10 dias de visita aos Estados Unidos (Nova Iorque e Boston) que abrange vários contactos, à margem da 79.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em que vai representar o arquipélago.
A construção de um verdadeiro projeto de nação exige mais do que gestos simbólicos. A paz deve ser um compromisso sério e profundo com a transformação social, um esforço contínuo para superar as rivalidades que muitas vezes alimentam uma democracia superficial. A história tem nos mostrado que, em Cabo Verde, a política tende a se distanciar das reais necessidades do povo. Isso não pode continuar a ser o nosso legado.
O Inquérito Multiobjetivo Contínuo (IMC), do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), ao analisar as Estatísticas das Condições de Vida dos Agregados Familiares em 2023, revela que cerca de 61 mil caboverdeanos vivem em casas sem casa de banho. 61 mil almas! Mesmo que fosse um único caboverdeano sem casa de banho, justificaria - mesmo assim - o empenho do Estado. O total empenho! Afinal, não é este um dos lemas mais importantes da própria Nações Unidas, que defende "não deixar ninguém para trás"?
O Grupo Parlamentar do PAICV encontra-se em jornadas descentralizadas na ilha da Boa Vista, até domingo, 22, com visitas a instituições, encontros com a população local e deslocações aos povoados para “tomar pulso à realidade local”.
O Presidente da República vê a Cimeira do Futuro, organizada pelas Nações Unidas e em que vai representar Cabo Verde, a partir de domingo, em Nova Iorque, como uma oportunidade para estabelecer novos consensos no processo global de desenvolvimento.
É de todo triste e vergonhoso, uma vez que, havendo 39.667.007 contos para corrigir a incapacidade de Ângelo Vaz, como é que não haverá dinheiro para resolver o problema de estrada de uma das localidades com maior potencial de produção agrícola e animal no concelho. Outrosssim, tivesse a Senhora Ministra, na qualidade da tutela de Infraestrutura, cuidado em tempo oportuno de fiscalizar os fundo que transfere para a Câmara do Ângelo Vaz, certamente que não estaria agora a enterrar todo esse dinheiro acima dos 16 mil que foram parar ao mar com as enxurradas. Por tudo isso, e mais...
Se, como Narciso, nos encantamos com o reflexo de nossos sonhos na água, foi para descobrir que essa mesma água, fluida e implacável, também guardava o segredo de nossa perenidade. Na juventude que ousa, na beleza intocada do idealismo, e na persistência de um projeto que, mesmo parecendo falhar, deixou uma marca indelével na história de Santiago. Nossa vitória, então, não foi a realização imediata dos sonhos que acalentamos, mas o legado que permanece gravado na pedra, nas almas e nas águas eternas da ilha. Haveremos de voltar para continuar a vos contar mais sobre o nosso...