O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, explicou hoje no parlamento que o Governo não vai permitir a entrada de novos operadores de transportes marítimos para não “desestabilizar” o mercado.
Tudo aponta que o poder do Estado esteja na rua em Cabo Verde. Aqui o parlamento é o centro do poder político, pelas competências que tem no quadro constitucional. E estando assaltado pelos interesses da maioria, o país anda na corda bamba e o interesse do povo capturado. O caso dos Transportes Interilhas é paradigmático. O interesse público foi violado em todas as dimensões. O Presidente da República já falou à nação. O poder judicial não tem nada a dizer?
O presidente e deputado do PAICV Rui Semedo disse hoje no Parlamento que “alguma coisa está muita torta” e pediu esclarecimentos ao Governo. Semedo falava na sequência de uma declaração política da UCID sobre os transportes marítimos interilhas.
O líder da bancada parlamentar do MpD, Paulo Veiga, pediu hoje no Parlamento “mais ponderação” na análise do dossier da revisão do contrato de concessão dos transportes marítimos inter-ilhas.
O presidente do PAICV, Rui Semedo, afirmou hoje esperar que o primeiro-ministro assuma responsabilidades após a mensagem do Presidente da República ao país e “arrepie caminho”.
O secretário-geral do MpD, Luís Carlos Silva, avisou hoje que cabe ao Governo governar e que o Presidente da República, que criticou fortemente as opções do executivo, não tem essa responsabilidade.
O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) disse hoje que o Governo continua “sem norte” na definição de uma política de transporte marítimo que sirva o País e os cidadãos “da melhor forma”.