Lá em casa, todo o gás acabou, e o poema de Herberto Hélder é insistente e universal como o fogo que queima por dentro, quando o amor entra friamente, pelos olhos, nariz, boca e o nosso sexo de cada dia. Ao referir sobre o poeta, esses olhares pesam na última paragem e analisam-me com a mira de quem é realmente de fora e o próprio Herberto Hélder é um inesquecível Deus. Fico eu por vezes a analisar o homem de café Sofia a escrever poemas num telemóvel já fora de moda, com aqueles dedos gastos, mas, é por aquelas pontas dos dedos que chegou o tal Camões em prémio.
A apresentação do livro, da autoria do escritor, poeta e ensaista, José Luís Hopffer Almada, acontece esta quarta-feira, 4, pelas 18 horas, no Grémio Literário de Lisboa.
O cabo-verdiano Fredilson Semedo, natural do concelho de São Salvador do Mundo, interior da ilha de Santiago, residente em Portugal, quer apresentar o seu primeiro livro de poesias, intitulado “Versos do Atlântico Insular”, também em Cabo Verde.
Dois cabo-verdianos, Joaquim Arena e Mário Lúcio Sousa, estão entre os 20 semi-finalistas lusófonos do Prémio Oceanos 2023 – Literatura em Língua Portuguesa, que premeia o vencedor com 150.000 reais, qualquer coisa como 3.200 contos. Arena concorre com o romance “Siríaco e Mister Charles” e Sousa é candidato pela obra “A Última lua do Homem Grande”.
POR OCASIÃO DO 48º ANIVERSÁRIO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA DE CABO VERDE LIVRE, INDEPENDENTE E SOBERANA
Sei que o momento é inoportuno para exigir qualquer coisa dos governantes. Os deputados da situação estão mais preocupados em bajular o chefe do governo para poderem constar na lista, numa posição elegível nas próximas eleições. Portanto, dizer que Santiago está de rastos implica ficar como 8° suplente. Dizer que é desumano ver renque de crianças a começar de Sete Manipo em Godim até à esquadra dos Picos, alguns dentro da faixa de rodagem, com sacos de zimbrão, tamarindo e mangas aliciando pessoas como forma de levarem tostões para o jantar, cai mal aos ouvidos dos feitores...
Na nossa modesta e muito provisória opinião de leigo nas matérias da sociologia das migrações e da antropologia cultural, mas de interessado, desejavelmente informado, em questões de identidade caboverdiana, propugnamos que deveriam os responsáveis e os demais interpelados pelas políticas de defesa e preservação da caboverdianidade extrair as lições positivas dessa situação de perdas e de ganhos identitários, proporcionados pela assimilação (incluindo a descendente) às culturas dos países natais de acolhimento das novas gerações das diásporas caboverdianas e apostar,...