A Cidade da Praia acolhe, em Março, a primeira mostra exclusiva de filmes de autoria feminina intitulada “CENA”, uma iniciativa da jornalista e escritora Chissana Magalhães, que vai homenagear a cineasta cabo-verdiana Claire Andrade-Watkins.
UM ESPECTRO PAIRA SOBRE AS LETRAS CABO-VERDIANAS
O teatro cabo-verdiano é tão antigo quanto ao achamento do próprio arquipélago pelos navegadores portugueses, Diogo Gomes e António da Noli, entre 1460 e 1462, embora não tendo sido permitido, legalmente, o seu aviamento tradicional ou verdadeiramente autóctone, até 1975. Pois, tudo o que antes era permitido e que pudesse ser considerado tradição terra a terra, era à lupa joeirado pela administração, que receava insurreição por parte dos escravos, e pela Igreja que não considerava muito católica as tradições africanas, apodando-as mesmo de profanas e pagãs. Não se podia...
“A realidade é que tem havido em Cabo Verde vários pedidos para se proteger a orla marítima e em resposta a esse pedido, o governo achou por bem legislar sobre a matéria. Agora tudo é centralizado no Ministério das Infraestruturas, e as câmaras municipais já não têm a competência para esta questão.”
Texto de apresentação do livro Germinações e Outras Restituições de Março, de José Luís Hopffer C. Almada, na Associação Caboverdeana de Lisboa, em 4 de Julho de 2019
Cabo Verde é um país de heróis. Mortos e vivos! Conhecidos e anónimos! Um país construído com muita luta, suor e sangue. Um país próspero, porque habitado por homens e mulheres que desafiaram, e desafiam, as adversidades naturais, as afrontas políticas e sociais, a infidelidade histórica, a pelintragem ecuménica.