"Esquecem-se todavia os detractores do ALUPEC que dos primeiros alfabetos utilizados para a escrita da língua caboverdiana, e certamente o primeiro sistematizado, foi o alfabeto de base fonético-fonológica criado por António da Paula Brito para escrever em versão bilingue português-caboverdiano a primeira gramática da língua caboverdiana - na variante de Santiago- e que fez publicar, em 1877, no Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa. Esquecem-se ademais os detractores do mais recente alfabeto de base fonético-fonológica para a escrita da língua caboverdiana que a partir do...
A qualidade da democracia passa necessariamente pela avenida da língua materna—e um Estado que não promove o uso da língua materna nas suas operações, procedimentos, e processos cria graves impedimentos à experiência democrática. Quanto menor for a barreira linguística entre o Estado e a sociedade mais e melhor será a participação política e a atividade supervisora cidadã. A promoção da língua materna, com uma paridade de estima de facto e de jure, é assim uma exigência da democracia.
O escritor cabo-verdiano José Luiz Tavares denunciou hoje, em entrevista à Inforpress, o que considera ser um “simulacro” e uma “fraude” no processo de introdução no ensino da língua cabo-verdiana.
A democracia cabo-verdiana, como tantos têm dito e escrito, padece de sérios problemas. Aquele Cabo Verde que se auto-proclama “exemplo e farol da democracia em África” não existe (por mais que a nossa esperança seja imortal)! É um mito fabricado por discursos políticos nacionais e internacionais baseados em indicadores que mentem. Os cabo-verdianos estão famintos de liberdade, este princípio Constitucional supostamente inviolável. O próprio Estado cabo-verdiano, através de seu braço armado, tem sucessivamente humilhado os seus. A desumanização dos cidadãos tem sido uma...
O presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) de Cabo Verde disse hoje à Lusa estar surpreendido por não haver nenhum pedido no Tribunal de Contas para serem pagos salários em atraso a 250 professores, criticando o Ministério da Educação.
Infelizmente, a comunidade internacional não ajuda os países a se tornarem desenvolvidos. O esforço terá de ser feito, de forma endógena, até para dar sustentabilidade ao processo! É aqui que o reforço do capital humano e do capital social ganham valor e peso, como incontornáveis, e a educação se afirma como o motor do desenvolvimento. Dar corpo a esse desiderato, passa, seguramente, por uma forte aposta naquilo que se convencionou chamar de indústria do conhecimento e esta passa, necessariamente, por uma forte aposta numa educação inovadora e de excelência em Cabo Verde.
O mais esdrúxulo nesse «quarto e irregular critério apócrifo», introduzido pelo todo-poderoso júri, é a sua profunda mediocridade, quando não mesmo a retumbante e hilária necedade. O critério de correção linguística e estruturação do discurso é para redação de meninos e meninas da quarta classe, quando havia, ou tara de professorecas que da literatura têm a vaga ideia de que é uma coisa parecida com isto, mas não sabem ao certo de que substância, para parodiarmos um célebre título de Manuel António Pina. Não é esse formalismo, há muito varrido para o caixote de...