O ministro das Finanças, Olavo Correia, desmentiu hoje o desaparecimento dos documentos sobre os Fundos do Ambiente e do Turismo, dentro do seu gabinete, garantindo que estão todos arquivados digitalmente e que não há nada a temer.
O relatório da Inspecção Geral de Finanças sobre a gestão do Fundo do Turismo entre 2018 e 2019 virou um escândalo nacional e ainda há por onde explorar e contar – desde o duplo financiamento de obras, documentos forjados e empréstimos bancários sem fundamento legal na Câmara Municipal da Praia durante a administração de Óscar Santos, que mais fraude terá cometido no financiamento de projectos, a um inexplicável desembolso de 100 mil contos enviados à CM da Boa Vista, de José Luis Santos, sem quê, nem porquê (não houve obras e essa verba não foi encontrada nos cofres da...
A pergunta que naturalmente todos os cabo-verdianos estão a fazer é esta: o Governo está a esconder o quê e porquê? A que se devem esses avanços e recuos do Governo sobre um assunto de particular interesse público, que são os relatórios das inspeções realizadas às instituições do Estado, sendo certo que a prestação de contas é um dos princípios fundantes das sociedades ditas democráticas como a nossa? O que teme o Governo?
A empresa pública Emprofac, responsável pela importação e distribuição de medicamentos, registou prejuízos de 51 mil contos (463 mil euros) em 2021, pela primeira vez em vários anos, segundo o relatório e contas, a que a Lusa teve hoje acesso.
Os lucros da SISP, que gere a rede interbancária cabo-verdiana, aumentaram 150% em 2021, para 1,8 milhão de euros, recuperando das quebras provocadas pela crise económica decorrente da pandemia de covid-19, segundo o relatório e contas da empresa.
O Banco de Cabo Verde (BCV) voltou a pedir em março último, ao Governo, a recapitalização da instituição, que continua com capitais próprios negativos e a aguardar desde 2020 por aquela operação, conforme descreve o relatório e contas do ano passado.
Mais de um quarto da eletricidade produzida em Cabo Verde em 2020 foi dada como perdida, não sendo faturada, cenário agravado devido à pandemia de covid-19, segundo o relatório e contas do grupo estatal Electra.