O PAICV, maior partido da oposição em Cabo Verde, anunciou esta terça.feira, 10 de dezembro, que vai propor um aumento salarial na função pública de 2,5%, no âmbito do debate final da proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2020, que esta semana volta à Assembleia Nacional.
Na sequência da última reunião do Conselho de Concertação Social, nota-se que há uma tentativa deliberada de ludibriar a opinião pública com factos ilusórios, entre os quais essa ideia de massa salarial. Acontece que na sua proposta de Orçamento de Estado, o Governo apresenta um país a crescer acima dos 5%, ou seja, com o PIB próximo dos 6%, e com uma inflação de 1,3% ano e acumulativamente a rondar os 5%, a partir de 2017.
O vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, afirmou esta sexta-feira, 6 de dezembro, que o recorrente pedido de aumento salarial na função pública em 2020 é um “discurso popular” e “perigoso” para o país, que não consegue comportar uma decisão dessas.
A Sokols 2017 é e vai ser sempre uma espécie de “watch dogs” da acção governativa, assegura Salvador Mascarenhas, porta-voz da associação, que, em entrevista ao Santiago Magazine, enaltece a participação dos sanvicentinos na manifestação de 5 de Julho último ao mesmo tempo que acusa, mais uma vez, o actual e os anteriores governos de um excessivo centralismo, que, aos poucos, está a “matar” S. Vicente e demais ilhas do país.
O MpD, pela boca do primeiro-ministro disse Cabo Verde está a passar por reformas reconhecidas pelas instituições financeiras internacionais e parceiros com impacto no crescimento económico, no aumento de rendimento via emprego, inclusão social e aumento da massa salarial da Função Pública. O PAICV contesta e a UCID questiona. Estes dois partidos da oposição entendem que tudo isso não passa de conversas da maioria.
O Banco de Cabo Verde projetou hoje um crescimento da economia cabo-verdiana entre 3,5% e 4,5% em 2018, num cenário de aumento do crédito e do investimento e melhorias da situação económica externa.