O relatório do Departamento Norte-americano ainda está na ordem do dia. Hoje a AJOC emitiu um comunicado de imprensa onde condena a atitude do governo, sobretudo do ministro Abraão Vicente e reafirma confiança nas capacidades dos jornalistas cabo-verdianos.
O departamento de Estado norte-americano assinalou hoje a violação da liberdade de imprensa (este diário digital chamou a atenção do país na rubrica Entrelinhas, a propósito da proposta do código de ética da RTC), o abuso de força policial e mortes arbitrárias como algumas das principais problemas de Direitos Humanos em Cabo Verde em 2017.
Governo, pela boca do ministro da Economia Marítima, anuncia o encerramento da Cabo Verde Fast Ferry (CVFF), onde o Estado tem 53% das acções. Accionistas privados dizem-se surpreendidos com a medida, e o Governo, em nota de imprensa, reage defendendo que as palavras de José Gonçalves “foram tiradas do contexto e que o mercado continuará aberto”. Mas não diz se a CVFF vai ser encerrada ou não.
Cabo Verde comemorou com pompa e circunstância o dia da democracia e da liberdade – 13 de Janeiro – assim designado por ter sido o dia em que se realizaram as primeiras eleições livres e democráticas no país.
A líder do Grupo Parlamentar do PAICV, Janira Hopffer Almada, reconheceu hoje que a democracia cabo-verdiana é robusta, mas alertou para os perigos do seu “esvaziamento” e a sua transformação num edifício “cheio de excepções e isenções”.
O ministro da Cultura e das Indústria Criativas, Abraão Vicente, aconselha o Conselho de Administração da RTC a ter humildade para, caso for necessário, fazer o documento de base, ao mesmo tempo que classifica de “irresponsável e antipatriótica a atitude do PAICV, em relação à proposta do código de ética da Radiotelevisão Cabo-verdiana (RTC)".