Cabo Verde tem experimentado dificuldades em fazer emergir da política figuras supra-partidárias. A curta história democrática da Nação cabo-verdiana tem sido conformada por ambientes políticos marcados por confrontações partidárias excessivas, dos quais as mais altas figuras políticas do país, nomeadamente os ex-governantes, não têm podido livrar-se. Estes não têm sabido demarcar-se o suficiente das pequenas questíunculas da política doméstica para se poderem constituír e se reservarem enquanto activos do país e não dos partidos políticos. Produzem opiniões...
Começa a ficar enfadonho ter de aturar esta tentação professoral da parte do José Maria Neves que se sente qualificado e autorizado a dar lições ao actual governo. Do alto da sua arrogância intelectual faz crer que ele é quem sabe tudo sobre as mais diversas áreas da governação e que tudo o que este governo tem feito não passa do lugar comum.
José Luís Hopffer Almada, poeta, ensaísta, analista e comentador radiofónico, a residir em Lisboa, escreve (versão abreviada que Santiago Magazine publica na íntegra) sobre o centenário do nascimento do ilustre poeta santiaguense António Nunes, que se comemora este sábado, 9 de Dezembro. 1. Comemora-se no próximo dia 9 de Dezembro o centenário do nascimento de António Nunes. Tendo tido uma vida assaz breve de apenas trinta e três anos de idade, pois que nascido na cidade da Praia a 9 de Dezembro de 1917 e falecido em Lisboa a 14 de Maio de 1951, vítima de...
O poeta nascido em Chão Bom, no Tarrafal - ilha de Santiago - faz as contas aos 50 anos de vida no novo livro, Rua Antes do Céu, já premiado pela Academia Cabo-Verdiana de Letras. Pelo seu interesse, publicamos na íntegra a entrevista de José Luiz Tavares ao Diário de Notícias, de Portugal.
A escrita é a forma que Mana Guta encontrou para fazer jus aos ancestrais depois de ter passado por um sofrimento pessoal em 2012, “num hino à memória, nas denúncias de carácter social e na procura de uma estética que valorize o pensar filosófico e o modo de sentir a arte em Cabo Verde.” Fala Mana Guta, ou Maria Augusta Évora Tavares Teixeira, natural de São Miguel, Santiago, mestre em Letras, e professora universitária há 20 anos.
Abraão Vicente reconheceu no final que esta primeira edição “não foi perfeita, porque nunca nada é perfeito”, mas sublinhou que a ideia é que o “Morabeza – Festa do Livro” cresça continuamente.
Custa-me, sinceramente me custa, o que vou escrever a seguir. É doloroso para mim dirigir-me nos termos em que o vou fazer a alguém que é jovem, por quem tive pessoal estima, mas sobretudo porque faz parte do governo do meu querido país, desta soberana república de todos nós. Mas a isso fui obrigado; não me deixaram outra via ou outra saída.