Até provas em contrário, tudo indica que Óscar Santos não tem agido de forma igual para casos iguais, como, de resto, recomenda a lei. E se se estiver perante vários pesos e várias medidas, certamente a cidade da Praia está sendo dirigido por um cidadão brincalhão. Porque, conhecendo o seu papel e não o exercendo com justiça e justeza em todas as circunstâncias, Óscar Santos estará a brincar com a boa fé e a simplicidade que caracterizam o santiaguense. E isto, sendo verdade, é no mínimo grave!
Antes de entrar neste capítulo devo pedir desculpas ao leitor por um lapso de linguagem cometido no anterior, quando me referi ao IUP pago pelo pseudo-vendedor FS/NANÁ hers., onde devia ter referido, isso sim, o valor do “ganho patrimonial”. Questão apenas de palavras, que nada altera da essência, mas há que ser preciso.
Um grupo de pessoas, entre as quais deputados nacionais, altos funcionários do estado e do município da Praia – resolveu “assaltar” a zona de São Martinho Pequeno, mais concretamente na localidade de Lém Dias, com construções de habitações, quintas e outros investimentos, na ausência de qualquer titulo de propriedade ou licença municipal de construção. São mais de 30 mil metros quadrados de terreno. A Câmara Municipal da Praia (CMP), tentou impedir as construções, porém sem sucesso até agora.
A problemática das construções espontâneas traz à tona a questão da Governança.
No dia 29 de Maio, do ano da graça de 2020, a ilustríssima Câmara Municipal da Praia tomou a vesânica decisão de atacar cidadãos indefesos e demoliu sem hesitar, 75 barracas no bairro Alto da Glória.[1] Aparentemente, em plena pandemia as autoridades burguesas realizaram o diagnóstico da situação proletária neste bairro, e lhes prescreveram como remédio, o desabrigo à base da ponta do fuzil.
A gestão municipal da Praia é um terror autêntico contra os pobres, uma afronta, pânico, violência institucional contra as pessoas necessitadas desta cidade, aqueles que ganham o seu sustento honestamente, suor do seu trabalho, “confortado cu poco”, é a vida das pessoas em Cabo Verde.
O PAICV vai entregar amanhã, sábado, 9, no tribunal da Praia, uma queixa-crime contra a Câmara Municipal da Praia e dois dos seus vereadores por afirmações alegadamente “injuriosas, caluniosas e difamatórias”. Em causa acusações de que o maior partido da oposição estaria a instigar construções clandestinas na Praia.O secretário-geral do PAICV, Julião Varela, que falava na manhã de hoje, na Cidade da Praia, em conferência de imprensa, esclareceu que a queixa é direccionada à autarquia praiense, à vereadora da Acção Social, Ednalva Cardoso, e ao vereador de...