É de todo triste e vergonhoso, uma vez que, havendo 39.667.007 contos para corrigir a incapacidade de Ângelo Vaz, como é que não haverá dinheiro para resolver o problema de estrada de uma das localidades com maior potencial de produção agrícola e animal no concelho. Outrosssim, tivesse a Senhora Ministra, na qualidade da tutela de Infraestrutura, cuidado em tempo oportuno de fiscalizar os fundo que transfere para a Câmara do Ângelo Vaz, certamente que não estaria agora a enterrar todo esse dinheiro acima dos 16 mil que foram parar ao mar com as enxurradas. Por tudo isso, e mais...
O Ministério das Finanças de Cabo Verde, sob a gestão de Olavo Correia, tornou-se uma instituição fragilizada pela banalização de seu papel e pela manipulação política. Transformado em um palco de autoexaltação, o Ministério perde a oportunidade de ser um exemplo de transparência, seriedade e eficácia. A tentativa de perpetuar uma imagem de popularidade e intelectualidade, que não encontra correspondência na prática de políticas públicas eficazes, representa uma traição ao mandato conferido pelo povo. É urgente que se recupere a credibilidade e a confiança pública...
As Ministras da Saúde e da Administração Pública parecem que não têm noção exacta do impacto político negativo que a onda de descontentamento populacional contra o Governo é gerada pela greve quando minimizam as manifestações sindicais. O problema do Governo de Ulisses é uma perda vertiginosa de confiança e que cada vez mais está-se erodindo perante o eleitorado e agora perante as classes profissionais e sindicais.
O primeiro-ministro afirmou hoje que o Estado da Nação é de resiliência, compromisso e de confiança no futuro, e que graças às medidas “atempadas e assertivas” o Governo “salvou o país do colapso” sanitário, social e económico.
O PAICV acusou o Governo de estar a desestabilizar a conectividade entre as ilhas por falta de soluções, compromisso, confiança e credibilidade que garanta confiança para que as pessoas possam operar em Cabo Verde.
Na nossa perspetiva, a falta de transparência sobre a forma como o governo pretende fechar as contas pode prejudicar o equilíbrio fiscal de Cabo Verde e atingir a credibilidade da equipe económica junto dos diversos agentes econômicos. Tanto agentes do mercado doméstico como do exterior podem perder a confiança no equilíbrio fiscal do país, perante esta indefinição e falta de transparência nas contas públicas. Aguardamos serenamente o desfecho deste (novo) caso, com a certeza de que a classe política não pode continuar a fazer mais do que a lei permite e menos do que a ética...
As ondas de choque da rejeição de Jassira Monteiro para encabeçar a lista do MpD à Câmara Municipal de Santa Catarina fazem-se sentir por todo o lado – inúmeras personalidades vêm manifestando o seu descontentamento, repudiando o partido de Ulisses Correia e Silva e solidarizando-se com a jovem política de Assomada. Afinal, por que o MpD descartou Jassira, tirando-lhe in extremis o pão da boca? E quais as razões para os ventoinhas renovarem cabeças de lista em mais três municípios onde é poder?