A qualidade da democracia passa necessariamente pela avenida da língua materna—e um Estado que não promove o uso da língua materna nas suas operações, procedimentos, e processos cria graves impedimentos à experiência democrática. Quanto menor for a barreira linguística entre o Estado e a sociedade mais e melhor será a participação política e a atividade supervisora cidadã. A promoção da língua materna, com uma paridade de estima de facto e de jure, é assim uma exigência da democracia.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, participa quarta e quinta-feira no fórum Global Gateway da União Europeia (UE), em Bruxelas, com o reforço de relações na agenda.
O Governo português defendeu hoje que o acordo de mobilidade da comunidade lusófona não viola o Direito europeu, após um procedimento da Comissão Europeia contra Portugal, afirmando que está em causa um “título de residência” distinto da área Schengen.
O presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, prometeu efectuar ainda este ano uma visita de Estado a Cabo Verde, no âmbito da sua política de reaproximação ao continente africano.
Presidente brasileiro faz escala de algumas horas em Cabo Verde esta quarta-feira, 19, vindo de Portugal, e será recebido pelo chefe de Estado cabo-verdiano, José Maria Neves, para um curto tête-a-tête na cidade da Praia. O próprio Lula da Silva fez o anúncio desta visita numa entrevista esta terça-feira à TV Forum.
Longa e sumarenta entrevista com Orlando Dias, político que desafia a liderança de Ulisses Correia e Silva no MpD, para “devolver o partido aos militantes”. Ataca a governação, acusa Ulisses de ser “centralizador do poder” e afirma que o presidente do MpD “não tem piedade de militantes em situação difícil”. As traições, as relações com UCS, os erros do Governo... Dias, sem papas na língua, considera dispensável a figura de vice-primeiro ministro, garante não vir a criar embaraços ao chefe do governo se ganhar as directas no partido ventoinha e criar instabilidade...
Afirmação da ativista cultural, Ana Maria Fonseca Delgado, ou simplesmente Any Delgado, uma cabo-verdiana que vive na diáspora desde os 18 meses, primeiro em Portugal, até aos 45 anos, e nos últimos 6 anos na Holanda. Natural de São Vicente, onde nasceu em 1971, Any Delgado afirma que para o atual governo a diáspora é apenas “números e cifrões”.