A sociedade cabo-verdiana, inadvertidamente, delega completamente ao Estado a cara decisão de fazer o que entende nas escolas. Logo, alguns agentes do Estado, com poder de decisão, têm-se habituado a decidir sem escutar ninguém.
Os polémicos livros de matemática vão permanecer no mercado “com erratas para os professores”, disse Maritza Rosabal ao Jornal da Noite. Hoje, está prevista uma manifestação a exigir, precisamente, a retirada desses manuais.
Ministra da Educação confirmou ontem, à TCV, que Adriana Mendonça queria deixar o cargo antes de eclodir a crise dos manuais. Hoje, o Ministério anunciou ter aceite o pedido de demissão.
Ulisses Correia e Silva garantiu hoje, 6, que os manuais de matemática vão ser retirados do mercado. Posição que contradiz a da ministra da Educação que ainda ontem reconfirmava ao país que esses livros escolares iriam continuar, com a inclusão de erratas.
Uma petição está a circular na internet exigindo ao Ministério da Educação de Cabo Verde a retirada do mercado de manuais com vários erros, esperando recolher 2.000 assinaturas para entregar aos deputados.
Alunos ainda sem começar as aulas por falta de salas e outras demandas logísticas; manuais de 1º e 2º anos com erros graves (os anos subsequentes também apresentam falhas, 3º e 4º Anos), demonstrando amadorismo e muita irresponsabilidade em lidar com assuntos importantes como a educação de um país.
Quando comentei sobre a música do Djodje, “kumi bebi, é la mé ki nos é bom”, houve gente que não gostou. Que achou que tinha sido um exagero, pois o cantor, afinal, não queria nos reduzir a um povo que “só ma dja manxi”, tem “kumi bebi”, porque “é la mé ki nos é bom”, mas que apenas quis dizer que somos um povo que não precisa de muito para ser feliz. Não entenderam, de forma nenhuma, que a minha crítica foi em relação a visão redutora que, a par de outras coisas (como por exemplo a “coisificação” da mulher), se faz dos cabo-verdianos e que me parece...