Um homem de 38 anos foi “barbaramente assassinado” supostamente por um grupo de seis delinquentes em Alto da Glória, Cidade da Praia. É o segundo homicídio por assalto na Praia em poucos dias - ambas as vítimas são naturais do concelho de São Domingos.
A Procuradoria-geral da República acaba de emitir um comunicado no qual confirma o arquivamento do processo que investigava a morte de Zezito Denti d’Oru, mas admitiu a existência de um processo separado contra três agentes da Polícia Judiciária, supostamente envolvidos nessa operação, mas por haver “indícios da prática dos crimes de inserção de falsidade em documento público falsidade por parte de interveniente em acto processual e violação de segredo de justiça”.
Um possível volte-face no processo, que já havia sido arquivado na semana passada pelo procurador Nilton Moniz, poderá transformar o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, e os inspectores que participaram na emboscada que originou o assassinato de Zezito Denti d’Oru, em arguidos de facto.
O Ministério Público deduziu acusação contra o inspector da Polícia Judiciária, Gerson Lima, e o antigo PCA do extinto Novo Banco, Carlos Moura, actualmente membro do Conselho Superior de Magistratura Judicial, num processo em que são acusados de envolvimento num esquema para se apossarem de um Ferrari avaliado em 20 mil contos e de um BMW topo de gama de 10 mil contos que pertenciam ao empresário ligado narcotráfico, Zé ‘Esterra’, assassinado em 2013, na Praia.
O último indivíduo suspeito de participar do atentado a tiro contra o ex-presidente da Câmara Municipal da Praia, Óscar Santos, no dia 29 de Julho de 2019, e que foi apresentado ontem, sexta-feira, ao Tribunal, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, juntamente com mais outros quatro que estão presos desde Maio – mais três, que seriam os supostos mandantes, ficaram sob TIR e proibição de sair do país.
A principal testemunha do assassinato de Zezito Denti d’Oru por um grupo de operações da Polícia Judiciária liderados à época, supostamente, pelo actual ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, foi ouvida no processo pela Polícia Federal dos Estados Unidos, o FBI, revelou o próprio em declarações ao jornal A Nação desta quinta-feira, 13, dia que se completam oito anos do chamado “homicídio de Cidadela”. O Ministério Público anuncia que “brevemente” haverá um despacho sobre o caso.
A Polícia Judiciaria (PJ) desvendou hoje o desaparecimento da jovem Patrícia de Pina, mais conhecida por Preta, ocorrido a 13 de Setembro de 2021, com a detenção de um jovem e recuperação dos restos mortais.