Em Conferência de Imprensa na capital do país, esta segunda-feira, 4 de março, o PAICV reage ao processo de venda da transportadora aérea nacional – TACV - afirmando que Cabo Verde está perante o “Governo mais intransparente da República". O maior partido da oposição faz, neste particuçar, referência às cláusulas de confidencialidade firmadas com a Icelandair, à relutância do Governo em divulgar o contrato e os valores em causa no negócio e à violação da lei das privatizações.
O preço da venda dos 51% do capital da TACV adquirido pela Loftleidir Cabo Verde é de 1,3 milhões de euros (143.338.000$00), informou, hoje, o Governo, ajuntando, que será injectado mais 6 milhões de dólares para a capitalização da empresa.
1. O contrato é um dos símbolos mais importantes da civilização humana. A existência de um contrato significa um compromisso assumido, uma palavra dada que, por motivo de honra, será cumprida, respeitada. Um contrato é, ainda, a garantia de transparência e uma prova inequívoca de boa fé entre as partes envolvidas. É assim nos negócios privados, tratados entre quintais de indivíduos e, por razões ainda maiores, deveria também ser sempre assim no caso de negócios públicos, do Estado, por conseguinte, em representação do povo de uma Nação inteira;
O contrato de compra e venda de 51% de ações da TACV Internacional já foi assinado entre o Governo e Loftleidir Cabo Verde, subsidiária da Loftleidir Icelandic. Tudo confidencial. Ninguém sabe por quanto foi vendido e nem os termos em que tal negócio foi feito. O governo não dá cavaco a ninguém, mas pede que o país festeja com ele. Assim, sem mais nem menos.
Primeira Conferência Ministerial sobre o Turismo e Transporte Aéreo em África vai ser realizada na ilha do Sal de 27 a 29 de março.
Os hotéis geridos pelo grupo Meliã no Sal têm uma taxa de retorno de clientes de 40%. José Luis Cuevas, director de operações do grupo em Cabo Verde, explica as razões do sucesso, mas também aponta as áreas em que a ilha precisa urgentemente realizar melhorias.
A presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Janira Hopffer Almada, voltou a criticar o Governo por falar de “hub” tecnológico, mas “não abre o mercado” e “continua a desenvolver políticas proteccionistas”.