Cabo Verde arrecadou em 2022 mais de 16 milhões de euros com a Taxa de Segurança Aeroportuária cabo-verdiana, introduzida em 2019 para colmatar o fim da obrigatoriedade de vistos para turistas, o dobro do esperado.
É possível governar Cabo Verde melhor!
A (in)segurança falou mais alto em 2019, mas no fim acabou por ser a Morna a pôr todo o país a cantar e a dançar com a sua elevação a Património Cultural Imaterial da Humanidade. Justiça, Sociedade, Cultura, Política e Economia são os sectores mais em destaque no país, no ano em que a seca voltou a massacrar o mundo rural. Ah, também elegemos a figura do ano.
O Governo anunciou esta sexta-feira, 20 de dezembro, a aprovação do alargamento de isenção de vistos aos cidadãos do Brasil, Canadá e Estados Unidos, juntando aos 36 europeus, como forma de aumentar o número de turistas que visitam o arquipélago.
No ano em que o mundo consagrou a morna, Cabo Verde abriu as fronteiras aos turistas estrangeiros, privatizou a companhia aérea, entregando-a a investidores islandeses e deixou os transportes marítimos nas mãos da empresa liderada pela portuguesa Transinsular.
As companhias aéreas que operam ligações domésticas em Cabo Verde estão agora obrigadas a reservar 10% dos lugares em cada linha para a tarifa social, com pelo menos 40% de desconto, beneficiando idosos, estudantes e famílias numerosas. A medida consta do decreto-lei 54/2019 de 10 de dezembro, aprovado pelo Governo, promulgado pelo Presidente da República, para entrar em vigor na quarta-feira.
O Governo de Cabo Verde prevê arrecadar em 2020 perto de 19 milhões de euros com a Taxa de Segurança Aeroportuária (TSA), introduzida em janeiro deste ano para compensar a perda de receitas com a isenção de vistos.