Encabeçado por Samilo Moreira, Secretário Geral Adjunto do PAICV, o grupo procurou a Imprensa Nacional para publicar umas deliberações que havia tomado numa sessão extraordinária, realizada na sede da SOCA, no Plateau, no dia 6 de julho, sem a presença do presidente da Câmara Municipal, onde decidiu anular 3 despachos de Francisco Carvalho, a saber: desprofissionalização dos vereadores Samilo Moreira e Chissana Magalhães, redistribuição de pelouros e revogação de delegação de competências nos vereadores desprofissionalizados.
É notório que o poder local, aqui em Tarrafal de Santiago, está desorientado e precisa de foco. Até dá sensação que não possuí um programa de governação local, no quadro dos compromissos feitos nas últimas eleições autárquicas de 2016. Em consequência, não existem resultados e o concelho está numa situação de degradação. Nesses últimos meses, famílias desesperadas e jovens desamparados têm manifestado de forma destemida os seus desagrados face a ineficácia e ineficiência da gestão local.
Em causa, “desvios de fundos da Cultura”, “falta de diálogo” e centralismo, afirma Manuel de Candinho, que exigiu que o seu salário passe a ser usado para financiar a Cultura. Clemente Garcia reage: “talvez ele não tenha tempo (para a Câmara)”.
Líder da bancada municipal do PAICV na Ribeira Grande de Santiago considera que a posição assumida pelos deputados municipais do MpD representa um “duro golpe para a democracia e põe em causa os mais elementares princípios de um Estado de Direito Democrático”.
Deputados do MpD colocaram a Câmara e o seu presidente contra a parede: ou mantém o vereador Apolinário das Neves ou perde o apoio da bancada ventoinha. Manuel de Pina preferiu o apoio do partido.