Literatura: Volume de 1.500 páginas reúne 20 anos de poesia de José Luiz Tavares

A poesia do cabo-verdiano José Luiz Tavares, de 2004 a 2023, é agora reunida num único volume, de cerca de 1.500 páginas, numa edição da Imprensa Nacional Casa da Moeda, confirmou hoje o autor à Inforpress.

Trigo & Joio. Anotações Sobre Uma Pedra Contra o Firmamento, de José Luiz Tavares

Se procurássemos uma ordem temática para este volume, talvez a primeira pergunta da entrevista conduzida por Abraão Vicente pudesse figurar na sua abertura: “Considera-se um enfant terrible?”. O epíteto, usado neste contexto, convoca esse sentido figurado, comum no campo literário, do insurreto que zurze a feira das vaidades comerciadas pelos seus pares. José Luiz Tavares cinde habilmente a locução francesa para recuperar, por um lado, a figura do infante guiado pela inocência necessária à criação poética, e recriar, por outro lado, essa “personalidade poética áspera”...

"Não são as constelações dominantes que fazem o brilho duma literatura mas as grandes estrelas solitárias"

Nesta entrevista José luiz Tavares* fala do seu labor poética e afirma, entre muitas observações, que “a arte é o único espelho que o humano tem para se mirar, para tentar entender o que a vida é, pois a vivência é opaca; enquanto o homem vive, ele está imerso na opacidade, daí que ele necessite da distância artística, como bem viu Aristóteles, e Nietzsche viu doutro modo: a arte como suprema mentira para nos libertar da ilusão e da tirania da verdade.”

Pátria soletrada à vista do Harmatão - V

                                                     TXONBON

“Arder a vida inteira”. José Luiz Tavares lança quinta-feira em Portugal novo livro de poesia

“Arder a vida inteira” é o título do novo livro de José Luiz Tavares. “Um livrinho” de fados e canções”, uma tentativa de abordar, de uma “forma quiçá mais ligeira”, certos temas ligados à tradição fadista, ou mais “latamente às canções”.

Damaja. O decifrador de espíritos

Tive sorte de me apaixonar aos onze anos pela minha colega de carteira, ainda na sexta classe. Ela era baixinha, cor clara e olhos de “manguinho” me lembro dos lábios dela, pareciam borda das levadas polidas só com arreias e cimentos ou lisa com massas em HD.