O grupo de apoio ao ex-deputado Amadeu Oliveira, que cumpre pena de prisão na cadeira de São Vicente, exigiu hoje ao Presidente da República esclarecimentos sobre as suas declarações relativamente ao estado de saúde do detido.
Uma extensa petição de Amadeu Oliveira, com 104 páginas e endereçada segunda-feira, 10, ao primeiro-ministro, com conhecimento de várias outras entidades, vem desmontar e, praticamente, derrubar a acusação do Ministério Público na investigação ao caso INPS, trazendo informações e documentos de prova que podem ajudar a perceber o quê e como tudo aconteceu: desde o suposto crime de peculato, de 2022, à suspeição de lavagem de capitais, com data de Janeiro deste ano (notificação de constituição de arguido), alegadamente cometido pelo ex-ministro Carlos Santos. “Estamos...
O Supremo Tribunal decidiu arquivar uma denúncia da Procuradoria-geral da República contra o advogado Amadeu Oliveira por presumível crime de difamação a magistrados judiciais e do Ministério Público num artigo publicado no jornal A Semana em 13 de outubro de 2000. O acórdão do supremo chega ao conhecimento de Oliveira depois de 25 anos. E o advogado, num comentário feito chegar à nossa redação, diz que esse atraso prova como funciona a (não) justiça em Cabo Verde. “Se o sistema Judicial demorar outros 25 Anos para cada um desses Processos o mais provável é o que o Amadeu...
O advogado, Amadeu Oliveira, afirma que está sim doente e que seu estado de saúde merece cuidados, desmentindo, em simultâneo, as declarações feitas pelo Presidente da República e pelo director dos Serviços Penitenciários, que o deram como estando sem problemas de maior.
Amadeu Oliveira, que se encontra preso na Cadeia da Ribeirinha, em São Vicente, considera “injusta e ignóbil” a demissão do ministro Carlos Santos, por “falso e inexistente crime de lavagem de capitais” por uma “quadrilha de aldrabões”.
Há um elefante na sala do sistema, mas o fanatismo partidário ofusca a sapiência da ‘boiada de serviço’, como certa vez apelidou aos críticos o próprio Ulisses Correia e Silva.
Outra vez a Procuradoria-geral da República no meu encalço. Outra vez a justiça a querer tapar a boca de quem, por missão e dever profissional, tem obrigação moral de informar o país sobre o que acontece no país. E de novo, o Ministério Público a vir ensaiar um voo protector sobre o ninho dos cucos que quer defender: aconteceu com o ministro Paulo Rocha, suspeito de homicídio, e ocorre agora com Carlos Santos, acabadinho de sair do governo por – ele próprio o admitiu – suspeitas de lavagem de capitais. Sintomático o posicionamento da Procuradoria, não?