O secretário-geral do MpD, Miguel Monteiro, disse esta quarta-feira, na Cidade da Praia, que os novos membros do governo vão reforçar o executivo e contribuir para materialização do seu programa.
O presidente da UCID, António Monteiro, disse ter ficado “surpreso” com o aumento do Governo de 12 para 20 membros considerando que a remodelação é “demasiado profunda e extensa” e contradiz os argumentos defendidos pelo MpD nas campanhas eleitorais.
Ninguém sai. Entram dois ministros e seis secretários de Estado: Alexandre Monteiro, Júlio Herbert (ministros), Carlos Monteiro, Edna Olivera, Gilberto Barros, Amadeu Cruz, Paulo Veiga e Pedro Lopes (secretários de Estado).
Este reajuste governamental vai causar um impacto financeiro de 32 mil contos. Destaque para a criação da figura do vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, o que acontece pela segunda vez na história do país (antes, nos finais de 90, Gualberto do Rosário assumira tais funções, acabando depois por se tornar primeiro-ministro com a polémica saída de Carlos Veiga).
Antes de tudo, uma mea culpa. Ulisses Correia e Silva tardiamente – porque sempre foi chamado a capítulo sobre esta questão – “assume”, na prática, que falhou num Executivo demasiado enxuto (12 ministros e nenhum secretário de Estado) e decide então engrossar a estrutura do seu Governo, a ver se a máquina entra na potência que o seu programa exige para até final do mandato. E de uma assentada entram oito, o que salta logo à vista tendo em conta a ideia inicial (referida quase como imutável) de um Governo curto e eficaz.
O ministro das Finanças, Olavo Correia, assinou hoje com a representante da União Europeia (UE) na Praia um acordo no valor de aproximadamente sete milhões de euros que, segundo ele, é um “acto de confiança” nas autoridades nacionais.
Depois de dois dias de debate na especialidade, o Orçamento do Estado (OE) para o ano económico 2018 foi aprovado hoje, 13, na globalidade pelo Parlamento cabo-verdiano.