O Governo completa três anos de mandato em Abril próximo. Na mesma altura, o Partido Popular realiza eleições internas, sendo o actual presidente, Amândio Barbosa Vicente, candidato à sua própria sucessão. Embora sem assento no parlamento, o PP é um dos mais críticos da acção do Executivo de Ulisses Correia e Silva, denunciando erros e incongruências e fazendo propostas de medidas alternativas.
Para o maior partido da oposição o custo final da obra do Mercado do Coco será 1 milhão, 350 mil contos, dinheiro suficiente para justificar indícios de gestão danosa, com “grandes prejuízos para a população”. Até este momento o projeto terá já consumido 1 milhão de contos.
Os deputados municipais do MpD anunciaram hoje que o término da obra do Mercado do Coco, na cidade da Praia, está previsto para finais de 2019, através de um compromisso de financiamento por parte do Governo.
O líder da bancada municipal do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Vladimir Ferreira disse hoje que a câmara municipal da Praia paga 100 mil contos por ano pelo Mercado do Coco, “uma infraestrutura que não existe”.
O orçamento do Município da Praia prevê mais 350 mil contos para ser investido no Mercado do Coco neste ano de 2019. Este dinheiro vai ser aplicado na correção de falhas de construção. E a conclusão será para quando? Praia continua sem mercado, 9 anos após o início desta obra, cuja derrapagem financeira e orçamental terá já extrapolado todos os limites da legalidade e da ética contabilística e financeira de gestão, pública ou privada.
"O estado de Santiago não pode, portanto, ser classificado de bom"