Os familiares de pessoas desaparecidas saíram esta sexta-feira, 24 de maio, à rua para exigirem às autoridades respostas a estes casos e mostraram-se “inconformados” com aquilo que consideram de “passividade” dos responsáveis do país e, em lágrimas, soltaram balões em memória das vitimas.
O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) afirmou esta quinta-feira, 16 de maio, que apesar dos investimentos no sector da segurança, as ocorrências criminais em Cabo Verde, de um modo geral e ao longo dos anos, mantiveram tendência de crescimento.
Ainda restam esperanças. O Procurador da República Óscar Tavares avançou ontem à imprensa que acaba de pedir apoio da Polícia Internacional no sentido de ajudar o país a desvendar os casos de desaparecimento das crianças na cidade da Praia. O PGR não identificou a nacionalidade dos policiais, por questões de segurança.
Há um ano que Clarisse Mendes (Nina) e Sandro Mendes (Filú), ambos hoje com 10 e 12 anos, respectivamente, se encontram ainda desaparecidos e o país não sabe do paradeiro destes menores. As autoridades já entraram num silêncio sepulcral, mesmo depois de o PGR, Óscar Tavares, ter prometido que as investigações que estavam sendo levadas a cabo apontavam de que as crianças se encontravam com vida. Até quado?
O presidente do Partido Popular (PP), Amândio Barbosa Vicente, avaliou este fim de semana “negativamente” o Governo de Ulisses Correia e Silva que, após mais um ano de governação, continua “a falhar” nos sectores chaves e estratégicos do país.
Em 2001, já lá vão cerca de 18 (dezoito) anos, o PAICV vencera as eleições legislativas e o eleitorado cabo-verdiano achou por bem conceder-lhe, no total, a vitória em três (3) eleições sucessivas, mantendo-o no poder durante 15 anos.
O Governo cabo-verdiano reafirmou no parlamento o compromisso de reduzir a criminalidade no país em 50% até final da legislatura, em 2021, mas a oposição considera que os crimes estão a ganhar "contornos de requinte e complexidade".