Danielle da Veiga Gonçalves fez 14 anos de idade ontem, dia 8 de Fevereiro de 2020. Reside na localidade de Simão Ribeiro, arrabalde da cidade da Praia, numa casa, se é que é digno chamar-lhe «casa», composta por um único compartimento, assaz pequeno, sem cozinha nem casa de banho, sem mesa nem cadeiras, albergando apenas como recheio, uma cama, uma mesa-de-cabeceira e uma ventoinha que, acredito, seja o empréstimo de algum amigo de coração angelical.
Congratulo-me, antes do mais, com o autor da obra «Celma, a Diretora Lésbica», por ter arrebatado o Prémio Literária Arnaldo França nesta 2ª edição. Por sinal é meu conterrâneo, um genuíno santa-cruzense. Parabéns!
O teatro cabo-verdiano é tão antigo quanto ao achamento do próprio arquipélago pelos navegadores portugueses, Diogo Gomes e António da Noli, entre 1460 e 1462, embora não tendo sido permitido, legalmente, o seu aviamento tradicional ou verdadeiramente autóctone, até 1975. Pois, tudo o que antes era permitido e que pudesse ser considerado tradição terra a terra, era à lupa joeirado pela administração, que receava insurreição por parte dos escravos, e pela Igreja que não considerava muito católica as tradições africanas, apodando-as mesmo de profanas e pagãs. Não se podia...
O poeta e dramaturgo Armindo Tavares, que escreve todos os sábados no Santiago Magazine, lança esta sexta-feira, 11, na Praia, o livro de poesia bilingue, em português e crioulo cabo-verdiano”, intitulado “Adoçar a boca/Ndoxa boka”.
NOTAS INICIAIS SOBRE O BILINGUISMO CABO-VERDIANO COM PARTICULAR INCIDÊNCIA SOBRE AS COMUNIDADES CABOVERDIANAS DA DIÁSPORA É sabido que o bilinguismo é uma das características fundamentais das comunidades caboverdianas residentes nas ilhas e nas diásporas, consideradas em conjunto ou de forma isolada.