O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou hoje um entendimento com os investidores islandeses que até julho de 2021 lideraram a companhia aérea de bandeira TACV, então renacionalizada. Segundo o chefe do Governo, Cabo Verde saiu em vantagens nesse entendimento.
O deputado e secretário-geral do PAICV denunciou hoje que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada para averiguar o processo de privação da TACV, está com dificuldades devido à “falta de colaboração” do Governo.
A transportadora aérea nacional pretende reduzir o número de trabalhadores para 150 colaboradores, com o corte de 50 dos 200 funcionários da empresa pública. A medida não agrada sobretudo aos pilotos que deverão ver cair os seus salários, máximo de 550 contos por mês, para números bem mais baixos.
A Transportadora Aérea de Cabo Verde (TACV) precisa dispensar 42 dos mais de 200 trabalhadores para poder manter o equilíbrio, disse a presidente do conselho de administração, Sara Pires.
O ex-presidente da Transportadora Aérea Cabo-verdiana (TACV) José Sá Nogueira recordou hoje as dificuldades por que passava a companhia aérea em 2016 e a “enorme pressão” do Banco Mundial para a sua liquidação.
O total de avales emitidos pelo Estado para garantir empréstimos pedidos por empresas públicas aumentou 22% de 2020 para 2021, ultrapassando 19,6 milhões de contos (178 milhões de euros), equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde.
A companhia aérea TACV registou prejuízos de quase 1 milhão e 400 mil contos (12,5 milhões de euros) em 2021, ano em que foi renacionalizada e apenas realizou voos nos últimos dias de dezembro, segundo dados do Ministério das Finanças.