O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) expressou profunda estupefacção após o Movimento para a Democracia (MpD) ter vetado a proposta de declarar 2024 como "Ano do Centenário de Amílcar Cabral", uma medida que visava homenagear o ícone da luta pela independência do país.
Volvidos mais de cinquenta anos do seu desaparecimento físico, o cancro da traição ainda persegue Cabral. A Assembleia Nacional de Cabo Verde, politicamente dominada pelo MpD, mostrou ser a mais nova versão do Brutus, traindo a Nação Cabo-Verdiana e subtraindo-lhe de celebração oficial a que merece o mais ilustre dos cabo-verdianos. O chumbo da resolução para celebração oficial do centenário do nascimento de Amílcar Cabral é, assim, a mais recente facada para com o grande líder histórico de Cabo Verde.
A CV Telecom assinou hoje um protocolo de parceria com a Fundação Amílcar Cabral para apoiar as comemorações, em setembro de 2024, do centenário do nascimento do líder histórico.
O Presidente da República chega hoje à ilha do Fogo para uma visita de um dia, no quadro das comemorações do centenário da elevação de São Filipe à cidade e de descentralização das actividades da Presidência.
Não creio que seja fácil, sem sair da esfera do racional, encontrar quem possa descobrir uma justificação, uma única sequer, para semelhante fenómeno.
Baltazar Lopes da Silva, grande Homem de Letra, jurista, linguísta e nacionalista, muito fez pelo crioulo, foi uma das vítimas da PIDE, ao ponto de ter que deixar de ser Professor Universitário em Portugal e regressar a Cabo Verde. Mas da sua ilha natalícia, São Nicolau, só deixou a obra-prima "Chiquinho" como memória, além de ter na sua certidão de nascimento... nascido em São Nicolau.