O presidente da Câmara Municipal de São Salvador do Mundo, Ângelo Vaz, disse sexta-feira, que em parceria com o Governo que este município do interior de Santiago tem registado “ganhos inquestionáveis” em todos os sectores da governação.
Com dizia o outro, de facto o rei vai nu. Em 2017, na primeira remodelação governamental, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, deu o dito pelo não dito e aumentou o número do seu elenco governamental para 20 – mais 8 elementos acima dos 12 prometidos durante a campanha eleitoral. Nesta mesma operação, demitiu-se das suas funções, entregando os setores estratégicos da governação do país ao Olavo Correia, passando a chamá-lo de vice-primeiro ministro. Como se isso não bastasse, entregou a coordenação política ao Fernando Elísio Freire, que passou a ser chamado...
O grupo parlamentar do PAICV pediu esta quarta-feira, 22 de maio, ao Governo para dar passos “o mais rapidamente possível” para “amparar” a população de Santiago Norte, sobretudo os agricultores e criadores de gado que estão a sofrer com mais um ano de seca.
A Câmara Municipal de São Salvador do Mundo (interior de Santiago) já deu início às obras de construção da estrada Rebelo Acima/ Leitão Grande e às obras da rede de distribuição de água domiciliária na localidade de Jalalo Ramos.
Em que ficamos? O mundo rural está em agonia. Desta vez não é Santiago Magazine a dizer. São dos dados do INE que o dizem. Esta instituição da República certamente não faz política, e não estará, com o seu trabalho, a atacar os poderes públicos para atingir fins outros que não sejam a preservação do interesse público, no quadro das suas competências e atribuições institucionais e legais.
Criado em 1971, Santa Cruz tem feito um percurso notável no seu processo de desenvolvimento. Portador de grandes potencialidades nos domínios da agricultura e pecuária, o concelho já albergou a maior infraestrutura agroindustrial do país, tendo sido ao longo dos anos considerado o celeiro de Cabo Verde, estatuto que a atual liderança quer resgatar, para garantir a centralidade de Santa Cruz no contexto do processo desenvolvimento nacional.
Alguém que no exercício das suas funções públicas se faz rodear de familiares em cargos de confiança, está a praticar nepotismo ou amiguismo? Até que ponto esta mistura de papéis poderá beliscar os princípios da transparência, da prestação de contas e da legalidade a que estão vinculadas as instituições democráticas?