Este artigo vai debruçar sobre alguns aspetos referentes ao projeto de escrita da “História Geral de Cabo Verde”, com enfoque na sua historiografia (temas articulados e elaborados), algumas críticas e o impacto da mesma historiografia no atual sistema de ensino e na configuração da identidade caboverdiana. Sendo assim, o artigo está dividido em: Parte I: Projeto de História Geral de Cabo Verde; Parte II: Historiografia: omissões e assuntos silenciados; Parte III: A política educacional de mestiçagem em Cabo Verde; A Luta Contra o Branqueamento de História de Cabo Verde.
O poeta cabo-verdiano radicado em Portugal José Luiz Tavares vai estar em Cabo Verde para apresentar a sua mais recente obra “Uma Pedra Contra o Firmamento” nas cidades da Praia e do Tarrafal, em Santiago. Na quinta-feira, 12, a obra é apresentada na Livraria Pedro Cardoso, na Cidade da Praia, e, no dia 14, no Tarrafal, na Câmara Municipal do concelho que o viu nascer.
Se procurássemos uma ordem temática para este volume, talvez a primeira pergunta da entrevista conduzida por Abraão Vicente pudesse figurar na sua abertura: “Considera-se um enfant terrible?”. O epíteto, usado neste contexto, convoca esse sentido figurado, comum no campo literário, do insurreto que zurze a feira das vaidades comerciadas pelos seus pares. José Luiz Tavares cinde habilmente a locução francesa para recuperar, por um lado, a figura do infante guiado pela inocência necessária à criação poética, e recriar, por outro lado, essa “personalidade poética áspera”...
De tudo o que vem dito pode-se, pois, concluir que tem sido de grande importância e insofismável relevância a domesticação pelos escritores caboverdianos das muitas formas literárias do português, quer nas suas feições do chamado português literário caboverdiano utilizado pela generalidade dos ficcionistas islenhos; quer no seu coloquial desassombro crítico e satírico, nas suas iconoclastas mitografias e desconstruções dos ícones da herdada mitologia greco-latina, com Arménio Vieira, ainda que com (quase) integral e irrestrita manutenção e cabal utilização do padrão...
O poeta José Luiz Tavares, com a obra «Perder o Pio a Emendar a Morte”, venceu o prémio Ulysses 2022, atribuído pela editora The Poetry and Dragons Society e The World Poetry Movement Portugal, anunciou hoje o autor.
A apresentação do livro, a cargo do Professore Doutor Pires Laranjeira e do Dr. Zetho Gonçalves, está marcada pelas 18 horas desta sexta-feira, dia 2 de dezembro, no Centro Cultural de Cabo Verde, localizado na Rua de São Bento, Lisboa.
Como é também sabido, as várias tentativas de renovação das concepções marxistas e marxistas-leninistas mediante a conceptualização de um estado democrático-revolucionário socializante de transição, alternativa à - ou complementar da - concepção da ditadura do proletariado como o estado típico de transição revolucionária, acabaram por soçobrar e frustrar-se, falindo na prática concreta dos países que transitoriamente as experimentaram, na medida em que cedo foram submergidas pelo cerco imperialista e pela alegadamente premente necessidade da agudização da luta...