O primeiro-ministro acaba de anunciar que a ilha da Boa Vista está em quarentena até 4 de Abril, como consequência do primeiro caso de coronavírus registado ontem na ilha. Ulisses Correia e Silva fala mesmo de "uma situação "difícil e crítica", mas aconselha calma e pede a colaboração de todos no combate ao Covid-19.
O primeiro-ministro cabo-verdiano anunciou esta terça-feira, 17 de março, a interdição dos aeroportos de Cabo Verde, a partir de quarta-feira, a todos os voos de Portugal, e restantes países europeus afetados pela pandemia de Covid-19, declarando a situação de contingência.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) deveria ser a grande conquista do Estado social no nosso País, gerando ganhos que nos coloquem ao nível de países mais desenvolvidos, prolongando a vida e a sua qualidade aos Caboverdianos e reduzir muitas das desigualdades que ainda nos marcam.
A associação SOS Boa Vista é uma organização da sociedade civil que tem procurado assumir como a voz reivindicativa das populações e dos desafios da ilha. Porque, entende esta ONG, que as instituições locais não têm sabido defender a ilha, neste momento a braços com graves problemas ao nível da saúde, da educação, do alcoolismo e do consumo de drogas.
Os estudantes cabo-verdianos radicados em Wuhan (China), o epicentro no novo coronavírus, afirmaram numa missiva enviada às autoridades que têm assistido a várias declarações que contradizem aquilo que foi utilizado como justificativa à recusa da sua evacuação.
A Transporte Inter-ilhas de Cabo Verde (ex-Binter CV) considera que a sentença do Tribunal da Boa Vista - que a puniu com multa de 4 mil contos por recusar o transporte de um ferido - "põe em causa a segurança jurídica em que opera a companhia", pelo que, além de já recorrer às instâncias superiores, anuncia proceder "à revisão dos procedimentos" e tomar "as medidas necessárias em matéria de evacuações médicas".
O piloto português ao serviço da Binter, Nuno Miguel, condenado a um ano de prisão por não realizar uma evacuação aeromédica denunciou à Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO, sigla em inglês) que as autoridades da aviação civil cabo-verdiana deixaram, com a decisão da Justiça, de ter responsabilidades sobre os riscos para a segurança das operações.