Conheci o Carlos Vaz nos miraculosos anos oitenta do século passado, na cidade da Praia. Digo miraculosos porque foram tempos muito especiais, irrepetíveis na sua especificidade epocal. Desde logo, pela sua efervescência e pelos sinais de mudança que deles evolavam. Esses sinais eram por demais visíveis não só na vivacidade pós-laboral dos debates na Praça Grande da Cidade da Praia, onde se reunia a nata dos quadros cabo-verdianos recém-regressados dos estudos, no cada vez mais assíduo convívio com os panfletos nocturnos e na proliferação de grupos e movimentos...
“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados: perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados, abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos.
Eu tenho por mim que a velhice não é uma inutilidade, mas sim uma lâmpada incandescente e virtuosa que ilumina e guia para a vereda do conhecimento e da verdade. Quem despreza a idade despreza aqueles que lhe transmitiram a vida e despreza a história da sua família e do seu povo. Orgulham-me os meus 60 anos de idade, tão viçosos e viris, com provas dadas. Com esta idade de oiro sou pai de uma criança de 4 anos de idade e outra a caminho. Portanto Samilo, estou completo, em tudo, em lucidez e em consistência física, anatómica, biológica e psíquica para o confrontar de igual por...