O provedor de Justiça defendeu hoje o direito à greve da Polícia Nacional, mas sublinhou a necessidade de negociar "linhas vermelhas" e de "fugir à tentação" de resolver a questão através de "medidas administrativas.
Conflito entre Sindicato da polícia e o Governo vai parar na Organização Internacional do Trabalho. A CCSL, central sindical onde está filiado o Sinapol, prometeu hoje apresentar queixa contra o estado de Cabo Verde junto daquele Organismo das Nações Unidas.
Até sexta-feira, 29, a segurança e ordem públicas em Cabo Verde vão estar em xeque. A Polícia Nacional está desde esta manhã, 27, em greve geral de três dias e já tem quase 100% de policiais em manifestação nas ruas por todo o país. Há esquadras que sequer estão a funcionar, e logo numa época crítica do ponto de vista da segurança.
Presidente do Sindicato Nacional da Polícia fala em 99% de adesão à greve, um número que tem tanto de histórico – pela primeira vez a PN adere em massa a uma greve geral da classe – quanto de preocupante: o país está sem segurança nas ruas, numa época do ano que exige a maior vigilância policial.
Para Faustino Moreno Sanches não é com greve, nem manifestação que se resolvem os problemas da classe, sublinhando que a Polícia Nacional não tem qualquer motivo para levar adiante "esta farsa”.
Governo socorre-se da requisição civil para enfrentar a greve da Polícia Nacional (PN), convocada para os dias 27, 28 e 29 de Dezembro, falhadas que foram as negociações com o Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL).
Sindicato Nacional da Polícia exige, através de um pré-aviso de greve, que o ministro da Administração Interna cumpra o Memorando de Entendimento, assinado desde Março, em que Paulo Rocha aceita resolver as reivindicações da classe. Caso contrário, a PN em todo o país entrará em greve geral nos dias 27, 28 e 29 de Dezembro.