O vereador do Urbanismo da Câmara Municipal da Praia reiterou hoje que o lote de terreno atribuído ao ex-representante da União Europeia foi uma compra e não doação” e desafia aqueles que defendem o contrário que apresentem provas.
O PAICV voltou hoje a questionar a "lisura e transparência" da venda de um lote de terreno, na zona de Prainha, na cidade da Praia, ao ex-representante da União Europeia, José Manuel Pinto Teixeira, considerando "infelizes" as declarações do partido do Governo sobre a eurodeputada Ana Gomes, segundo as quais esta “transformou-se numa caixa-de-ressonância de rumores”.
O Movimento para a Democracia (MpD) acusou hoje o PAICV de estar a manchar a imagem do Governo e de Cabo Verde, já que elegeu a fragilização do Estado de direito como sua bandeira.
Está aberta a guerra. Ana Gomes é uma eurodeputada pertencente ao Partido Siocialista português e apresentou uma participação contra o ex-embaixador da União Europeia em Cabo Verde, José Manuel Pinto Teixeira, ao parlamento europeu, acusando o diplomata de ter adquirido um terreno na zona da Prainha, cidade da Praia, atribuído pela Câmara Municipal da Praia, alegadamente como pagamento pelos apoios políticos dispensados ao partido no poder, o MpD, durante as últimas eleições realizadas em Cabo Verde.
Suspeitas de benefício pessoal e favorecimento na compra de 960 m2 de terreno na Prainha, cuja venda fora anteriormente negada a um cidadão cabo-verdiano, está na origem da investigação.
Afinal a Embaixada de Portugal em Cabo Verde manifestou interesse na compra do terreno que a Câmara Municipal da Praia (CMP) vendeu ao ex-embaixador da União Europeia (UE) em Cabo Verde, José Manuel Pinto Teixeira, há 39 anos. “Desde 1978 a Embaixada de Portugal manifestou o seu interesse na compra deste terreno”, regista a Embaixada na sua página oficial do facebook.
E querem conhecer os critérios utilizados pela Câmara Municipal da Praia (CMP) na atriibuição de lotes, sobretudo os situados perto do mar, onde o parecer da Agência Maritima Portuária é necessário. No entanto, o caos urbano continua na capital do país, onde as construções clandestinas e a proliferação de bairros degradados é o maior cartão de visita da cidade.