Agentes da Polícia Judiciária, Polícia Nacional e oficiais de justiça estão desde a manhã desta quinta-feira, 9, a efectuar buscas na Câmara Municipal da Praia, por ordem do Ministério Público. A operação, comandada pelo procurador Nilton Moniz, procura, ao que pudemos apurar até agora, factos relacionados com a gestão de Óscar Santos, entre 2016 e 2020, e também provas sobre as denúncias feitas pelo inspector Renato Fernandes, que, neste caso, afectam a gestão de Francisco Carvalho.
O candidato do MpD à Câmara Municipal da Praia, Abraão Vicente, acusou hoje Francisco Carvalho de “causar danos” à cidade da Praia, e, por isso, convidou o atual presidente da autarquia a apresentar a sua demissão.
A Procuradoria Geral da República já abriu um processo de instrução contra a Câmara Municipal da Praia por causa das denúncias de ilegalidades feitas pelo inspector de Finanças Renato Fernandes. Paralelamente, o PGR mandou comunicar ao MpD sobre o arranque desta investigação, um acto incomum que poderá pôr em causa, por um lado, o segredo de justiça e, por outro, a independência do poder judiciário em relação ao partido no poder.
O presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, desafiou esta sexta-feira, 16, o inspector Renato Fernandes a apresentar provas de ilegalidades e corrupção, após a polémica sobre a carta de pedido de demissão apresentada à autarquia praiense.
O inspector Renato Fernandes confirmou que já entregou na Inspecção-Geral das Finanças (IGF) cópia da carta do seu pedido de demissão do cargo de director do Gabinete de Auditoria Interna na Câmara Municipal da Praia (CMP), na qual acusa a autarquia de praticar actos ilegais graves, com indícios de corrupção. “Há indícios claros de que a gestão administrativa, financeira e patrimonial da CMP está direcionada aos interesses de um grupo de pessoas facilmente identificáveis, composto por decisores da CMP e determinados operadores económicos”, relata, por exemplo, a referida...
O PAICV considera que a “alegada” carta de pedido de demissão de Renato Fernandes do cargo de director do gabinete de auditoria interna na Câmara Municipal da Praia (CMP) faz parte da “cabala política” do MpD contra a autarquia.
A carta do pedido de demissão de Renato Fernandes do cargo de director do do Gabinete de Auditoria Interna da Câmara Municipal da Praia evoca procedimentos irregulares e ilegais que vêm sendo cometidos pela autarquia como razões para a sua saída. Todos esses actos têm como denominador-comum: a secretária municipal, Joselina Carvalho, que por duas vezes o Triubunal de Contas chumbou. O MpD anuncia que vai apresentar queixa contra o Francisco Carvalho.