Os agentes prisionais suspenderam a greve nacional de 72 horas nacional nas cadeias de Cabo Verde, cujo início estava programado para hoje, anunciou o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços (STCS).
Amadeu Oliveira já padeceu mais de 1100 dias da sua vida na cadeia de Ribeirinha em S.Vicente, do total dos mais de 4500 dias em que foi condenado pelo Tribunal da Relação de Barlavento, confirmado pelo Supremo Tribunal e ratificado pelo Tribunal Constitucional. Todos eles sem qualquer hesitação.
Eu, Chalo Correia, músico e compositor Angolano, venho por este meio denunciar publicamente uma situação pela qual passei no aeroporto Nelson Mandela na cidade da Praia, Cabo Verde, ocorrida no passado dia 16 de Julho do corrente mês. Pelo que, passo a citar.
O poeta tem lutado, à sua maneira, contra a “tara da nacionalidade” e as “peias da identidade”, que a instituição, veículo societário movido a energia social, tende a impor-lhe a contrapelo de sua vontade, mas é justo salientar, quanto à crítica, que ele tem fornecido o arsenal significante e significativo que autoriza a sua radicação no arquipélago. Aliás, não podia ser de modo diferente. Que o poeta se avantajou e ultrapassou a condição arquipelágica, a insularidade do sujeito, das ilhas e da sociedade nacional, para se expandir pelas comunidades de língua...
Os agentes prisionais denunciaram hoje a insegurança nas cadeias do país, face à limitação e insuficiência dos efectivos e ameaçam com greves a 30 e 31 de Julho e 01 de Agosto, se as suas reivindicações não forem resolvidas.
"Em 1979, nós em regime de partido único, um deputado foi detido e levado pela Polícia ao Tribunal de S. Vicente para ser julgado, acusado de um qualquer crime. Só com prévia autorização da Assembleia Nacional, despachou o juiz sem sequer tomar conhecimento da acusação. Por maioria de razão, agora que se diz que vivemos em regime democrático, deveria ser por maioria de razão, a menos que se aceite termos um quarto órgão de soberania: o governo dos juízes!"
Cabo Verde conta, de um total de 2700 presos, 243 reclusos a cumprir penas por crimes sexuais contra menores. Só na ilha do Fogo, 30 dos 100 carcerários são condenados por abuso sexual de menor. Pior, há uma taxa de reincidência de 8 por cento em todo o país.