A Equipa de Defesa do diplomata venezuelano Alex Nain Saab Moran deseja expressar a sua profunda preocupação pela recusa em fornecer uma cópia da resposta do Procurador-Geral de Cabo Verde ao seu recurso perante o Tribunal Constitucional.
Escrevo este artigo um pouco desgostoso, melhor, com uma dor no coração, por o seu conteúdo ser um libelo acusatório contra o Estado de Cabo Verde, um país onde nasci, cresci e aprendi a amar. Não se trata de uma acusação, em particular, nem ao Governo, nem ao Presidente da República e nem ao Parlamento. Trata-se de uma acusação ao Estado de Cabo Verde, e consequentemente a todos os órgãos que compõem o Estado que intervieram diretamente ou se omitiram de intervir neste processo, cujo comportamento não foi pautado pelos princípios de justiça, de igualdade, de reciprocidade,...
A defesa do Alex Saab, considerado pelos Estados Unidos como um testa-de-ferro de Nicólas Maduro, queixou-se hoje de “mais um expediente” das autoridades cabo-verdianas, que se recusam a libertar o colombiano apesar da decisão do tribunal.
Alex Saab, o empresário colombiano que aguarda, detido no Sal, desde Junho de 2020 decisão sobre o pedido da sua extradição para os Estados Unidos, vai ser posto em liberdade condicional, devendo ficar em prisão domiciliária até ao desfecho do seu processo.
O avião Gulfstream G550 do Departamento da Justiça norte-americano, que esteve por cerca de duas horas ontem, 5, na ilha do Sal, trazia a bordo funcionários da justiça federal dos EUA para assumir os trâmites finais do processo de extradição de Alex Saab. O STJ tem 15 dias para reagir ao recurso da defesa, mas o acórdão poderá sair bem mais cedo.
A Comissão Nacional dos Direitos Humanos e Cidadania (CNDHC) está a monitorar a situação da prisão do empresário venezuelano Alex Saab, no sentido de esperar que o Estado cabo-verdiano faça justiça, de uma forma mais célere possível.
As autoridades cabo-verdianas impediram ontem, sexta-feira, 4, a entrada no país de um membro sénior da equipa de advogados que defende o empresário colombiano Alex Saab, porque tinha excedido o tempo de permanência no arquipélago na segunda vez que esteve em Cabo Verde. Caso pode chegar ao Tribunal da CEDEAO.