Povo de Cabo Verde. De Santo Antão a ilha Brava. Residente nas ilhas e na Diáspora. Em especial, filhos e amigos, de Santiago e Cabo Verde. O nosso país está a saque:
Estava mais para lá do que para cá, quando a epifania me sorriu. Não me preparara para tamanha repentina quintessência. Tinha entrado em transe, caído na vulgata sensação de languidez. Com pé na linha-meta de declínio, era um mero ser alado que ali estava, oblíquo, arfado e a baloiçar, tal que ramo de oliveira lambujado no balofo de desejo, espalhando sua fragrância pela mui ansiada paz do cosmo. Ou, então, uma peça de vestuário, soltando-se do corpo do de cuiús, ficando ali no dorso de uma rocha, na sequência de estrondosa triste queda. Uma alma abrenunciada que se punha a...
A escrita é a forma que Mana Guta encontrou para fazer jus aos ancestrais depois de ter passado por um sofrimento pessoal em 2012, “num hino à memória, nas denúncias de carácter social e na procura de uma estética que valorize o pensar filosófico e o modo de sentir a arte em Cabo Verde.” Fala Mana Guta, ou Maria Augusta Évora Tavares Teixeira, natural de São Miguel, Santiago, mestre em Letras, e professora universitária há 20 anos.
Apregoa-se, com tamanho orgulho, que “a Cultura é o diamante de Cabo Verde”. Sendo assim, é também apetecível estilizar a nomenclatura de todos os actores e sectores que circundam esta área.
Conto dedicado às crianças portadoras de paralisia cerebral e a todos os educadores, diplomados ou não, que acreditam no milagre da sala de aula.
Nhu Mar vivia numa grande cidade cheia de água e era muito feliz com sua mulher Encantada. Tinha muitos filhos, Nha Encantada, e estava sempre em casa a lavar, a passar, e a fazer filhoses de farinha de milho com banana maçã, que guardava em grandes bidões fechados. No dia 30 de cada mês, ela abria os bidões e distribuía comida para toda a criançada, por mor de uma promessa feita desde os tempos da sua Mãe Vieira.