A Binter Cabo Verde acaba de capturar o Estado de Cabo Verde. O anúncio público de que a Agência Reguladora da Aeronáutica Civil decidiu rever a fixação da tarifa máxima das passagens aéreas domésticas com base nas ameaças daquela companhia aérea em suspender os voos, veio mostrar que o Estado de Cabo Verde já não controla todas as pedras da máquina social, económica e política nacional, e que o país está prestes a passar para o outro lado da barricada – o lado do descrédito, da indecência e da vergonha.
A ameaça já está lancada. Uma nota de imprensa publicada na página oficial da empresa, fala que a Binter “está a estudar o impacto destas novas tarifas impostas unilateralmente e vai dirigir-se ao governo para comunicar todas as consequências negativas, que estas vão ter nos serviços actuais”, relembrando que esta medida "liberta a empresa de compromisso asusmido com o governo anterior da VIII legislatura como da actual IX legislatura".
A medida visa "evitar evetuais situações abusivas" por parte da Binter CV, explicou esta sexta-feira, 21, o inspector para o sector da regulação económica da Agência de Aviação Civil (AAC), Silvino Fortes.
Com o Hub aéreo no Sal envolto em polémicas, sobretudo por causa da manifesta incapacidade da Binter em responder aos desasfios de distribuição dos passageiros para as restantes ilhas do arquipélago, particularmente Santiago e São Vicente, a TACV enfrenta ainda o problema de pagamento das pensões dos trabalhadores que aderiram ao processo de pré-reforma, para além de outras questões laborais. O governo, principal responsável disto tudo, remeteu-se ao silêncio, faz tempo. E quem vem pagando o pato são os cabo-verdianos, este povo andarilho, sempre a saltar o oceano.
Já está desde ontem na Cidade da Praia a aeronave da empresa portuguesa Sevenair, que vai prestar apoios nas evacuações inter-ilhas nos próximos quatro meses.
O antigo primeiro-ministro José Maria Neves admite, com “alto nível de probabilidade”, que se candidata a Presidente da República nas próximas eleições de 2021.
Ministro da Defesa tem autorização para celebrar contrato com a empresa portuguesa AEROVIP, para garantir meios aéreos destinados à evacuação de doentes, noticia o Económico Cabo Verde.