O Hospital Agostinho Neto pode ventilar até 15 doentes, mas o presidente do Conselho de Administração não pensa ter “mais do que 4 ou 5” de uma só vez para não estourar o serviço. Entrevista com Júlio Andrade, que recusa falhas na infecção de profissionais de saúde, diz-se aberto a um inquérito e garante que já puseram “uma pedra” no desentendimento com o director nacional de saúde. “As pessoas quando se sentem injustiçadas tendem a reagir”, atira.
Lê-se na nota/refª27/DNE/2020 um conjunto de orientações aos delegados sobre a implementação de “Ensino à Distância”, como alternativa face à situação do COVID-19 em Cabo Verde. Notícia surpreendente para muitos. Por exemplo, José Rito Teixeira fala de miopia na educação (in Terra Nova: 15/04/20). Porém, a mim não foi surpresa, pois na minha memória estão ainda a ferver os vários “tombos”/ziguezagues/falhas crassos dos últimos quatro anos deste tão importante setor. Quem não se lembra por exemplo do “caso manuais escolares” e da “taxa de 1.000$00 na...
Salvaguardando equívocos, pela primeira vez e em 2019, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) disponibilizou indicadores semestrais do mercado de trabalho, os relativos ao 1º semestre de 2019, acrescentando, com mais este importante passo, valor e qualidade ao excelente trabalho de produção e disponibilização de dados e informações sobre o País. Contudo, é desejável que esta iniciativa não seja apenas conjuntural e que posteriormente, além dos dados anuais e semestrais, o INE possa disponibilizar dados trimestrais e porque não mensais, se mobilizar as necessárias...
Ulisses Correia e Silva admite que o governo errou, porém não especifica o agravo, não pede desculpas e não se mostra disposto a assacar responsabilidades. A autoridade do Estado saiu beliscada e a tentativa de empurrar a culpa para os funcionários do hotel é ultrajante para um governo que se afirma responsável e democrático.
Numa bela manhã da semana santa, em plena primavera boreal, um Presidente da República faz crer, que se estenderá o outono austral constitucional. A democracia terá de ver suas folhas caídas, para que o povo não sinta, o rigoroso inverno da morte que cercou o mundo. Para que este povo conheça, novamente, o verão da vida.
Muita gente pretendeu, nestes 11 dias decorridos sobre o início do estado de emergência, transformar essa excepcionalidade democrática numa questão política e de luta partidária. Mas não é! Trata-se, antes de mais, de uma decisão de ordem jurídico-constitucional motivada, exclusivamente, por um imperativo de saúde pública. Logo, as análises que devia suscitar, as inquietações que provoca e os balanços que necessariamente merecerá, terão que ser de âmbito epidemiológico, em primeiro lugar, e só a seguir de carácter social e económico, e nunca, repito, nunca, de...
1. No dia 20 de março, alunos e professores foram para a casa, numa antecipação de quatro dias das férias da Páscoa. As justificações apresentadas foram confusas e tímidas. Deu para perceber que havia algum desnorte no seio dos responsáveis pelo sistema educativo e, consequentemente, no seio do Governo. Agora, confirma-se: o Ministério da Educação está a dar mostras de não conhecer a realidade do país e – não sei o que será pior – veio comprovar o quão está longe de entender o alcance desta situação de pandemia que se está a viver;