"Uma primeira expressão do fervor afro-crioulista, pan-africanista, pan-negrista, ecumênico e internacionalista de Amílcar Cabral encontra-se nalguns dos seus poemas mais icónicos e assume laivos de esfusiante entusiasmo quando, em 1949, toma conhecimento, através do seu amigo e camarada angolano Mário Pinto de Andrade, dos poemas negritunidistas de poetas francófonos reunidos e organizados por Leópold Sédar Senghor na Anthologie de la Nouvellhe Poésie Négre et Malgache, a qual contou com um marcante prefácio do filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre intitulado...
A revolução que precisamos é tanto económica quanto cultural e literária. Como escreveu o português José Saramago, "O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever." Esta afirmação enfatiza a importância de sabedoria e conhecimento, que transcendem as limitações materiais. Todavia, é nosso dever criar um ambiente onde o conhecimento seja acessível e a literatura uma parte central da vida. Só assim construiremos um Cabo Verde verdadeiramente independente, consciente do seu papel no mundo e capaz de cultivar uma rica tradição literária que...
Não se procura a harmonia do sonho, as pegadas da glória e da eternidade empalidecendo sob os ventos do infinito, mas tão-só a maravilha que nos entristece, por a sabermos (e nós com ela) já não deste mundo, nem de nenhum outro, porquanto o seu concreto reino é a (da) pura possibilidade, por isso subsistindo em si e por si como suprema liberdade.
O poeta José Luiz Tavares apresenta na cidade da Praia e no Tarrafal a 3ª edição da obra “Um Preto de Maus Bofes”, o seu ‘textamento’ existencial e poético e participa num “Kotxipó literário” com Mário Lúcio.
"Se antes era um simples caso veterinário, agora deve meter padre, coveiro e cangalheiro. Arre, besta, bestissimamente besta até ao final dos tempos!"
A trigésima edição do Festival da Praia de Areia Grande terminou hoje a poucos minutos das 9:00, ao som de cotxi pó, com Titio de Belo Freire e Kamoka, ante também um público vibrante e satisfeito.
"Não podia nunca deixar de dar publicamente esta demolidora e violenta resposta, porquanto, se escolhemos ficar calados diante de um desaforo ético, escolhemos o lado do perpetrador. Eu que vivo de imaginar mundos, para além da pobre lógica compreensiva de quase todos, devo dizer que nunca vi nem imaginei tamanho bruto besta sem redenção, jamais me deparei com tão deslustrada e descabrestada espécie jumentícia (ainda que com nome de gente: Mário Tavares, fixem), um lanudo que deve ser rapidamente classificado e mandado para um zoológico como jumento que fala, «asinus dicenti»,...