O escritor Manuel Brito Semedo procede ao lançamento, na sexta-feira, 19, do livro “Porto Memória", uma compilação de 25 crónicas que falam de escritores, sugerem livros e pistas de leitura.
Atingida a idade pós-colonial, muitos literatos caboverdianos continuaram a disseminar a sua escrita por várias áreas culturais, chegando tais desígnios e desideratos até às gerações literárias reveladas nos anos setenta, oitenta e noventa do século XX e na primeira e segunda décadas do século XXI, destacando-se de entre os seus integrantes os nomes de Onésimo Silveira (politólogo, autarca e ensaísta, neste caso exclusivamente por causa do livro A Democracia em Cabo Verde e outros textos avulsamente publicados), David Hopffer Almada (jurisconsulto, poeta, ficcionista,...
O capitão inglês George Roberts, que passou pelos portos de Tarrafal por duas vezes no ano de 1722, deixou um exaustivo relato sobre a situação de pobreza em que encontrou esses portos. E falou muito sobre a hostilidade por que passou no porto do Mangue na segunda viagem, perpetrado por um grupo de mais ou menos 15 escravos desconfiados das intenções dele.
Landinha foi sempre uma cidadã muito atenta e não se coibia de envolver em atividades de caris filantrópica, social, educativa ou comunitária, pelo que se entregava de corpo e alma, «sen djobe pa ladu», a essas causas. Com muito pouca carne a cobrir-lhe os ossos, ela projetava ideias que suscitavam dúvidas entre os colegas, a ponto de se interrogarem se eram ideias realmente provindas do cérebro escondido naquela sua cabecinha. Foi ela a arquiteta e ideóloga do Festival de Areia Grande no concelho de Santa Cruz.
O mesmo pontal que emprestou seu betão dorsal ao marinheiro braçal de Falucho e Maria-Soni, assiste hoje frágil e quebradiço, o arrastar das lanchas vazias e dos alguidares por encher na mesma baía, onde a companhia ultramarina embarcara peixe enlatado para a metrópole, enquanto Colonato deixava escuar por entre os dedos do serviçal, queijo, leite e manteiga.
A ligação entre as ilhas do Maio e Santiago, por se distarem a poucas - 15 milhas -, foi sempre regular, graças aos navios movidos à vela, através da chamada “navegação à bolina”, que até rentável era porque aproveitava energia eólica, gratuita.