Candidaturas da Tabanca e Campo de Concentração do Tarrafal a Património Mundial adiadas para 2026
Cultura

Candidaturas da Tabanca e Campo de Concentração do Tarrafal a Património Mundial adiadas para 2026

As candidaturas da Tabanca e do Campo de Concentração do Tarrafal a Património Mundial da Unesco foram adiadas para Fevereiro e Março de 2026, anunciou hoje a presidente do Instituto do Património Cultural (IPC).

Ana Samira Baessa fez estas revelações em entrevista à Inforpress, no âmbito da apresentação do plano de actividades do IPC para este ano, comunicando que a candidatura da Tabanca à Unesco, inicialmente prevista para 2024, foi reprogramada para ser submetida em Março de 2026.

Esta decisão faz parte do novo ciclo de trabalho estabelecido para 2025-2026, que contempla também o Campo de concentração do Tarrafal, cuja candidatura será em Fevereiro de 2026.

“A Tabanca nós realmente tínhamos perspectivado que seria submetida a sua candidatura em 2024, isso não foi de todo possível, mas nós estamos neste momento a trabalhar para o novo ciclo 2025-2026, portanto, perspectivando que a entrega final da candidatura será feita em Março de 2026, portanto, cumprindo esse ciclo”, anunciou.

De acordo com Ana Samira Baessa, o IPC já constituiu uma equipa interna dedicada ao avanço do plano da candidatura. Este processo contará com a participação de várias partes interessadas, incluindo grupos da Tabanca, associações e comunidades.

A presidente do IPC esclareceu que a candidatura da Tabanca não foi submetida em 2024 não por falta de trabalho, mas porque o processo de valorização da Tabanca ainda está em curso.

Nos últimos anos, completou, diversas iniciativas foram implementadas, incluindo a criação das casas da Tabanca e a finalização do roteiro da Tabanca em suporte digital.

Este roteiro, elucidou Ana Samira Baessa, documenta os ciclos de celebração, rituais e singularidades de cada Tabanca, permitindo um maior aprofundamento do conhecimento sobre esta manifestação tradicional.

Isto porque, explicou, a Unesco avalia não apenas a importância histórica e cultural do património imaterial, mas também a existência de espaços de representação. Assim, a documentação e a estruturação destes espaços são “fundamentais” para o sucesso da candidatura.

No caso do Campo de Concentração do Tarrafal, o objectivo é submeter a candidatura, que estava prevista para este ano, em Fevereiro de 2026, com uma entrega prévia do dossiê em Setembro do ano em curso.

O trabalho técnico, informou Ana Samira Baessa, já está em andamento, com a estratégia da candidatura, o plano de acção e o plano de comunicação finalizados.

O IPC pretende intensificar as articulações com os três países cujas memórias estão ligadas ao espaço, garantindo um dossiê sólido para a Unesco.

Além disso, em Outubro de 2024, foi solicitada uma avaliação preliminar ao Centro do Património Mundial, que foi aceite.

De acordo com a presidente, o compromisso do IPC é cumprir a agenda estabelecida para garantir que a Tabanca e o campo de concentração do Tarrafal sejam devidamente reconhecidos e valorizados como património de relevância internacional.

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